Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010
SILVÉRIO.O QUE SOMOS E PARA ONDE VAMOS?

 

 

Crónicas ao acaso. O que somos e para onde vamos?
 
Li o texto do Mário e depois as notas do António Colaço. Está lá tudo o que é essencial. Eu bem tinha desafiado a que alguém com unhas pegasse no tema de indagar sobre a razão de saber porque é que nós estamos metidos nisto, porque é que de repente nos entregámos a reavivar e a cultivar amizades e relacionamentos tão longínquos e que pareciam perdidos.
 Fundamentadamente e com a erudição necessária, sem ser exagerada, aí temos nós a resposta, a hipótese 5, sem dúvida.
Agora o que é necessário é densificar o conceito e termos o engenho e a arte de lhe ir dando conteúdos concretos ao longo do tempo.
Estamos ao que parece no bom caminho para, revisitando a adolescência, podermos passar o resto do tempo que nos for concedido (não gosto muito da palavra velhice) com alguma sabedoria, saboreando a riqueza da amizade e da solidariedade, exercitando a mente.
Não há, pois, nada de substancial a acrescentar ao que magistralmente foi escrito pelo Mário.
Mas, ainda assim, deixem-me também discorrer um pouco sobre o tema.
Não tanto sobre a pergunta do Zé Duque, que já foi respondida, mas antes sobre os quatro parágrafos do colega não identificado.
Eu penso que ele teve a coragem de dizer o que outros pensam mas não dizem.
Com efeito, o que nos poderia motivar para ir aos encontros da Buraca nos moldes em que vinham ocorrendo? Não era muita coisa, na verdade.
Eram encontros baseados numa missa, muito participada, é certo, mesmo que alguns não tornassem a pôr os pés numa Igreja até ao Janeiro seguinte, e nuns breves momentos de convívio. No resto adeus até para o ano.
Porém cabe perguntar: E quanto a nós se alguém nos interpelar para qualificarmos o nosso Movimento o que diríamos? Quem somos nós que, de repente, aparecemos, vindos da tal lufa-lufa da vida com vontade de transformar/tomar o mundo, o nosso pequeno mundo? O que é que nos move? Será mesmo só aprender a envelhecer? Não deveremos questionarmo-nos se quem está um pouco mais afastado não terá toda a legitimidade para desconfiar de nós?
Que direito temos em nos arvorarmos em guias, em faróis, seja de quem for?
A resposta a estas questões não é neutra nem deve ser desprezada. Penso que deveremos debater o tema.
Emitindo uma modesta opinião, como é que eu nos vejo?
1. Como um Movimento (uso esta palavra por simplificação de exposição) que é apolítico, laico, não elitista e suficientemente elástico para nele caberem os que professam os mesmos valores.
Um movimento apolítico, no sentido em que não deve defender nenhuma cor política, que não interfere com as opções de cada um e que as aceita.
Um movimento laico, no sentido em que deixa para o domínio íntimo de cada um as suas opções religiosas, mas que não deixa de ter em conta que a fé cristã é um valor em que todos nos revemos. E não excluindo que nos nossos eventos e encontros possam caber actos religiosos, obviamente, de participação facultativa.
Um movimento não elitista, onde ninguém deve ser admitido ou excluído em função de profissão, condição social, estado civil, língua, religião, ou qualquer outro critério de idêntica natureza.
2. Relacionamento com a estrutura hierárquica da Igreja Diocesana. Penso que é de toda a importância que possamos ter a Igreja Diocesana como interlocutor privilegiado. Por razões óbvias que agora nem haveria espaço para desenvolver.
3. Como Movimento, significando que não queremos ficar parados no tempo nem no espaço, deveremos admitir evoluir para formas mais aperfeiçoadas de relacionamento e de estruturar a nossa existência colectiva. 
Enfim. Penso que este debate terá que ser feito entre nós. Quem quer dar mais achegas e, sobretudo, discordar?
Um abraço
 
Silvério Mateus
 


publicado por animo às 17:35
link do post | comentar | favorito

pesquisar
 
Junho 2016
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

12
14
16
17
18

19
20
21
22
23

26
28
29


posts recentes

ANIMUS DE LUGAR DE ENCONT...

ESTÁ TUDO DITO

ANIMUS O FIM há sete anos...

VEM AÍ A "ANIMUS SEMPER" ...

ANIMUS SEMPER escreve ant...

comasalpcb@gmail.com O E...

O RESPEITO NÃO SE DECRETA...

DAS ELIMINAÇÕES A CAMINHO...

ESTE BLOG TERMINA NO FINA...

NUNCA ACEITAREI REGRAS SA...

arquivos

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

links
subscrever feeds