Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009
GIRASSÓIS DE NÓS
Olá, boa tarde a todos. Sei que estou em falta no compromisso de enviar fotos de viagem, mas, como a "crise" gera desemprego e parece já todos terem feito as vindimas, não quererão ajudar-me na apanha do milho e do girassol?
(O meu é mais graúdo do que o de muitos que recebem subsídios...). Entretanto, com o rol de promessas que para aí vai, pode ser que as coisas melhorem. Um grande abraço.
Manuel CardosoÀ CONVERSA....Manuel, continuas em grande forma e a demonstrar-nos para que é que
isto, sim, a
animus.60, pode servir:
de que presente se faz o nosso passado!Não corrijo nem um pontinho. Ou seja, porque tivemos um passado comum, podemos, agora, viver em comum este presente que, à tua semelhança, partilhamos nesta nossa
comunid@de. Nada a temer, portanto, ao contrário do que aqui e ali temos ouvido e que, em parte, justifica este
silêncio, que, amigos como tu, ajudam a quebrar!
Manel, longe mim querer competir contigo, mas.... este ano, apesar de tudo, ainda consegui arranjar uns girassois para, saudavelmente, competirem com os teus!!! Grande abraço e ... boas descamisadas nas fartas eiras de Proença!
antónio colaço
___________________________________________
Olá velho companheiro.
Ora aí está um Fazendeiro equipado a rigor.
Acredita que tenho inveja dessas cores saudáveis, do cheiro do milho e do girassol (deste nem sei bem qual é o cheiro) e, sobretudo, do ar puro que por aí ainda se vai respirando.
Vai acompanhando o mosto, trata bem a água-pé e prepara bem a pinga nova porque, lá mais para a frente, quando também houver uma febras na bancada (esse milho certamente que vai ser devorado por algum bichinho que tenhas aí nalgum curral e que nos dias frios venha a cumprir a sua função), talvez haja alguns forasteiros que não se importassem de as compartilhar contigo (ninguém te mandou fazer publicidade ao milho e ao girassol).
Desde já apelo aos destinatários para se começarem a organizar!
Um grande abraço e boas colheitas
Silvério Mateus_____________________________________________Meus Caros !
Óh, Silvério e Manuel Cardoso , e que tal aguardar pelo azeite novo para acompanhar ( uma tiborna num dos lagares da zona ainda em actividade) , com as febras e aqueles enchidos e aquele pão de centeio que ainda se consegue em algumas aldeias lá da zona ?
Bom , mas nada de abusos , senão o colesterol ...
Para quem esteja , hoje , aqui pela zona de Lisboa e dispense o futebol , poderá assisitir à inauguração do orgão da Igreja dos Jerónimos , pelas 21.30 horas.
Um Abraço
Ventura
Segunda-feira, 28 de Setembro de 2009
A FALA DAS URNAS.UMA NOVA MAIORIA.A DOS QUE MAIS PRECISAM
(Editado,
aqui, ontem, às 20.30)
Imagem da única
rosa colhida, esta tarde, no meu Vale das Árvores. Quase ao fechar das urnas, um botão a
desabrochar.É tempo de assumir que o caminho se faz
com mais gente. Gente do
lado do pão, da paz e da justiça para
os que mais precisam. Gente do lado da maioria.
Viva a nova maioria.
Tem de ser Melhor. Tem de ser Maior.
Com todos. A
Esquerda TODA.
antónio colaço*
Um post assumidamente pouco correcto.Politicamente falando...depois da
fala das urnas! Uma fala...correcta!Não há volta a dar!
Acredito no
ânimo de José Sócrates para fazer todas as
pontes com as esquerdas! Todas.
_______________________________________________
DEBATE_______________________________________________
Um abraço, Colaço.
Concordo contigo quanto ao que escreves no sentido de esta Nova Maioria aprofundar os princípios de igualdade de oportunidades/mais concursos públicos para o preenchimento dos lugares na Administração Pública, tornar o aparelho de Estado cada vez mais imune aos humores do poder político, de tentar conciliar firmeza com a transparência dos fundamentos das decisões, etc, etc.
Dificuldades de sobra, com certeza, mas com debate, discussão, as chaves das soluções estarão ao dispor de muitos mais.
Carlos Sousa________________________________________________(
Mário Pissarra, um texto recuperado dos comentários, por minha iniciativa, e embrulhando um celofane de fabulosa poesia de
Eduardo Jesus Bento.
Só agora dei por ele, já que o tempo para estas coisas vai escasseando ( ah" pois é!!!Mas não desistimos! Vamos alargar esta reflexão em voz alta?!
Estou habituado ao politicamente incorrecto só que, como se vê, as urnas lá nos vão dando razão, a nós, os que tentamos meter alguns pauzinhos na "engrenagem" como quem
tenta ir a tempo de
antecipar....as tantas "
cruzes" de que fala o Mário! Obrigado por partilhares connosco o teu sentido de voto. Votos de que nunca mais precises de olhar para o lado! ac)
Dia 26 de Setembro fui à Biblioteca de Torres Novas ao lançamento do livro (O Nevoeiro dos Dias — 65 poemas) do meu grande amigo Eduardo de Jesus Bento. Gostaria de dedicar a todos os amigos deste blog a dedicatória que teve a amabilidade de escrever: Mário, digo apenas: as ocasiões, todas, são para os amigos. Obrigado, Eduardo. Só espero que todos tenhamos e voz e os gestos para celebrar a amizade!
Hoje, 27 de Setembro, fui votar. Olhei para o boletim, virei os olhos para o outro lado, fechei-os e fiz uma cruz. A saliva foi insuficiente para debelar o embaraço e a secura da garganta. Chegado a casa, continuei e acabei de ler os 65 poemas (comemorou desta forma original os seu sexagésimo quinto aniversário…) e transcrevo o poema Nós, que é o que melhor traduz o meu estado de espírito:
Lentos são os pássaros neste tempo apressado.
Buscam o leito seco dos rios.
É a aridez que conduz os pássaros
E os homens retardatários buscam
ainda algum abrigo,
em vão!
Não há porto, nem barco, nem água…
A secura apoderou-se das planícies.
Os sonhos mortos às portas da alegria
fenecem com fúnebres corolas
que acompanham os mortos.
Somos nós os mortos
E trazemos na alma o esquecimento
do sereno crepúsculo, do som da fonte, do regresso dos rebanhos.
Eduardo de Jesus Bento
Um abraço de amizade para todos os que se sentem unidos pelo blog
Mário Pissarra__________________________________________ E, já agora, meu caro Colaço, que esta "nova maioria" não olhe apenas para um lado, que olhe também para a direita (não, não me refiro a outras direitas que não precisam que olhem por elas), que olhe para o interior profundo, esquecido, desertificado, que nem sempre sabe reivindicar. Quanto ao resto, estou como dizia alguém, não os invejo, diria até que a sorte nem sempre é dos vencedores.
Um abraço
Silvério Mateus
Quinta-feira, 24 de Setembro de 2009
O SILÊNCIO QUE SE ABATE SOBRE NÓS
Já que optamos pelo
silêncio, aqui neste lugar, escutemos o que o Pe
Anselmo Borges nos tem a dizer para percebermos se é
deste silêncio que o nosso se faz!!!!.ac
_________________________________________________
Pe. Anselmo Borges
In Diário de Notícias ( 19.Set.09)
No meio da vertigem das tempestades de palavras em que vivemos, que nos atordoam e paralisam, talvez se torne urgente parar. Para ouvir.
Ouvir o quê? Ouvir o silêncio. E só depois de ouvir o silêncio será possível falar, falar com sentido e palavras novas, seminais, iluminadas e iluminantes, criadoras. De verdade. Onde se acendem as palavras novas, seminais, iluminadas e iluminantes, criadoras, e a Poesia, senão no silêncio, talvez melhor, na Palavra originária que fala no silêncio?
Ouvir o quê? Ouvir a voz da consciência, que sussurra ou grita no silêncio. Quem a ouve?
Ouvir o quê? Ouvir música, a grande música, aquela que diz o indizível e nos transporta lá, lá ao donde somos e para onde verdadeiramente queremos ir: a nossa morada.
Ouvir o quê? Ouvir os gemidos dos pobres, os gritos dos explorados, dos abandonados, dos que não podem falar, das vítimas das injustiças.
Ouvir o quê? Talvez Deus – um dia ouvi Jacques Lacan dizer que os teólogos não acreditam em Deus, porque falam demasiado dele -, o Deus que, no meio do barulho, só está presente pela ausência.
Ouvir o quê? Ouvir a sabedoria. Sócrates, o mártir da Filosofia, que só sabia que não sabia, consagrou a vida a confrontar a retórica sofística com a arrogância da ignorância e a urgência da busca da verdade. Falava, depois de ouvir o seu daímon, a voz do deus e da consciência.
Ninguém sabe se Deus existe ou não. Como escreve o filósofo André Comte-Sponville, tanto aquele que diz: “Eu sei que Deus não existe” como aquele que diz: “Eu sei que Deus existe” é “um imbecil que toma a fé por um saber”. Deus não é “objecto” de saber, mas de fé. E há razões para acreditar e razões para não acreditar.
Comte-Sponville não crê, apresentando argumentos, mas compreendendo também os argumentos de quem crê. Numa obra sua recente, L’Esprit de l’athéisme, mostra razões para não crer, mas sublinhando a urgência de pensar, se se não quiser cair no perigo iminente de fanatismos e do niilismo, e, consequentemente, na barbárie, “uma espiritualidade sem Deus”.
Constituinte dessa espiritualidade, no quadro de um “ateísmo místico”, é precisamente o silêncio. “Silêncio do mar. Silêncio do vento. Silêncio do sábio, mesmo quando fala. Basta calar-se, ou, melhor, fazer silêncio em si (calar-se é fácil, fazer silêncio é outra coisa), para que só haja a verdade, que todo o discurso supõe, verdade que os contém a todos e que nenhum contém. Verdade do silêncio: silêncio da verdade.”
Encontrei Raul Solnado apenas uma vez. Num casamento. Surpreendeu-me a imagem que me ficou: a de um homem reflexivo. Não professava nenhuma religião. Por isso, não teve funeral religioso. Mas deixou um pequeno escrito, com uma experiência, no silêncio, na Expo, em Lisboa, em 2007.
“Numa das vezes que fui à Expo, em Lisboa, descobri, estranhamente, uma pequena sala completamente despojada, apenas com meia dúzia de bancos corridos. Nada mais tinha. Não existia ali qualquer sinal religioso e por essa razão pensei que aquele espaço se tratava de um templo grandioso. Quase como um espanto, senti uma sensação que nunca sentira antes e, de repente, uma vontade de rezar não sei a quem ou a quê. Sentei-me num daqueles bancos, fechei os olhos, apertei as mãos, entrelacei os dedos e comecei a sentir uma emoção rara, um silêncio absoluto. Tudo o que pensava só poderia ser trazido por um Deus que ali deveria viver e que me envolvia no meu corpo amolecido. O meu pensamento aquietou-se naquele pasmo deslumbrante, naquela serenidade, naquela paz. Quando os meus olhos se abriram, aquele Deus tinha desaparecido em qualquer canto que só Ele conhece, um canto que nunca ninguém conheceu e quando saí daquela porta, corri para a beira do rio para dar um grito de gratidão à minha alma, e sorri para o Universo. Aquela vírgula de tempo foi o mais belo minuto de silêncio que iluminou a minha vida e fez com que eu me reencontrasse. Resta-me a esperança de que, num tempo que seja breve, me volte a acontecer. Que esse meu Deus assim queira.”
In Diário de Notícias ( 19.Set.09)
Terça-feira, 22 de Setembro de 2009
ABRANTES.NOVO ARQUIVO VELHA MENTALIDADE
E pronto, está inaugurado o novo Arquivo Municipal. O presidente da Câmara Municipal de Abrantes, na sua intervenção, deu conhecimento aos presentes e agradeceu a colaboração do arq.º
João Colaço, como autor do projecto, numa referência que é de aplaudir. A sua influência ainda não se fez sentir foi que na tradicional placa inaugurativa, pelo menos o nome do autor lá ficasse consignado.
É uma transformação de mentalidades, eu sei, mas que terá de encontrar aliados a começar pela comunicação social. Um arquitecto da Câmara não deixa de ser um autor e como tal com os seus direitos de autor consagrados. Esta imagem aqui fica à espera da placa inaugurativa do polémico MIA-MUSEU IBÉRICO DE ARTE. Aí, depois, continuaremos a conversa.
Não é uma questão de defesa das
crias, como dizia a um amigo há dias, mas esta coisa dos
nomes - sendo que eu próprio, graças à querida Zita Seabra, passei as passas do Algarve...adiante - remexe-me as entranhas! Por isso, meu caro arqtº João Colaço*, hoje, aqui e agora é como se o
seu nome estivesse para sempre gravado naquela placa. Melhor, a sua imagem, a sua pessoa, sentado sob a sua belíssima
pala, como que acolhendo e preservando, defendendo, todo o fabuloso espólio da
nossa terra.Muito obrigado e parabéns pela sua primeira obra
.antónio colaço
*Não porque seja meu filho mas para que os filhos dos outros, um destes dias, vejam os seus direitos de autor plenamente consagrados.
Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009
TODOS AO 12º FESTIVAL INTERNACIONAL DE ÓRGÃO
Não. O
órgão da Matriz de Mação não integra o
Programa do 12º Festival Internacional de Órgão deste ano.
Consulte o Programa e
não perca nenhuma das sessões. Infelizmente as muitas tarefas impediram, ao contrário do que é costume, participar na Abertura. Pelo menos, contamos aparecer pelos Jerónimos.
Por isso, demos um pulo até ao órgão da Matriz de Mação(Sec XVII), com uma breve visita prévia que partilhamos convosco. Não, o problema não é de algumas palhetas desafinadas e sim do executante, um
aprendiz de sons a quem aquela fabulosa peça agradece, pelo menos, algumas improvisadas festinhas. Nada mais do que isso. O órgão agradece, como se pode ler
aqui!
O "organista é um bom organista ..." e na linha de alguns comentários anteriores, tentou, em 1980, a aprendizagem no Conservatório Regional de Tomar que, de uma vez por todas, desse consistência a um irreprimivível autodidatismo.Um acidente de automóvel interromperia tão saudável aspiração! Estavam por lá, entre outros, o prof
Antoine Sibertin Blanc,hoje, organista titular da Sé Patriarcal de Lisboa, então nosso professor de Canto Coral ( foi lá que fomos companheiros de carteira dessa grande estrela
Carlos Moisés, dos
Quinta do Bill!Ah! Carlos, saudades da Dª Tamagnini e suas exigências!!!)
antónio colaço
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=F0YfDVzxCL8]
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=ExTnIuITfs4]
PARTICIPAR NO ANO.63?!"NÃO TENHO VIDA PARA ISSO"
Meu caro António, saúde, como costumas dizer.
Gostava muito de poder perceber o silêncio que se abateu sobre o nosso sítio (sim, sei que já leste o Pe Anselmo no passado sábado mas, estranhamente, ainda o não publicaste, adiante).
Há muito que ando para escrever-te, a ti e aos nossos amigos, aos nossos, se quiseres, para te citar, pois, embora nunca tenha participado, não passo nenhum dia que por aqui não passe a mirar os olhos sobre o que se passa.
Hoje, enchi-me de coragem e disse, vou aproveitar quinze minutos do meu almoço para lançar um grito a partir da minha própria experiência quebrando, assim ( em parte, uma vez que não quero identificar-me ainda) uma cumplicidade com este silêncio que, de todo, não quero.
Sei que paira na tua cabeça uma vontade de deixares morrer isto por asfixia (não, não vejas nisto nenhum ataque tipo da Manuela ao teu partido...) quer dizer, por falta do ar das nossas colaborações e que te sentes mal julgando-nos a apontar-te o dedo a uma insaciável vontade de protagonismo.
Venho pedir-te que não prejudiques a tua vida pessoal - soube pelo FS que vais iniciar mais um novo ano na licenciatura de Estudos Artísticos e que interrompeste a de Estudos Sociais em consequência do descolamento de retina ocorrido o ano passado. Aqui entre nós, sei que estudar, para ti, não é um fim, antes, um meio de querer saber sempre mais.Sem que me identifique, ainda, ficas a saber que estava no Porto quando, no início do 3º ano do ISET, resolveste abandonar a "vocação", porque já não te dizia nada, prejudicando, assim, a tua vida académica, já que, ao tempo, só o 3º ano de Filosofia-Teologia é que dava equivalência ao 7º ano - dizia, que não prejudiques a tua vida pessoal para manter de pé, on line, esta nossa página.
Mas, tens de continuar. Eu preciso. Há toda uma revisão da matéria que me está a fazer imenso bem, confesso. Dois ou três dedos de conversa com outros nossos antigos companheiros de "armas", mas que também ainda não apareceram, confirma o que digo.
Às vezes, irrito-me com os teus excessivos apelos à nossa participação e, confesso-te, só me apetece dizer-te , "tu julgas que eu tenho a tua vida?Desaparece, não tenho vida para isso!!"
Hoje, António, ( Tózé, como te chamavam em Gavião, lembras-te? mas não te zangues comigo!) peço-te, do coração, não acabes com o "ano.63" e, muito menos, desistas da festa do reencontro para o ano em Alcains.Prometo que voltarei a escrever sobre algumas coisas do meu dia-a-dia, como me parece ser o espírito, e acredita que apenas deves preocupar-te com aqueles que, de livre vontade, aceitam vir aqui partilhar o que quiserem.
Aqueles de entre nós a quem lhes pode cair os parentes na lama ( desculpem-me, mas tinha de o dizer) só temos de aguardar que chegue a sua hora, tal como me aconteceu, hoje, a mim, de perceberem que, afinal, independentemente de qual tenha sido o seu percurso, mais sob a mira dos holofotes ou em posições de destaque, no silêncio dos gabinetes e mesmo em cargos mais humildes, mas não menos dignos, uma coisa é certa, ninguém nos pode roubar os primeiros dias em que, fora da alçada dos nossos pais, começámos a tornar-nos gente. Nunca fui a nenhum dos encontros que tens dinamizado mas, acredita, não vais, agora, deitar por terra aquele que é um dos meus sonhos para o novo ano.
Só por isso saí em defesa deste nosso projecto. Mesmo que sem coragem para assumir ainda a verdadeira identidade. Tens-me à perna!
Um abraço para todos
S.
(simplesmente!)
NR - Amigo S., de facto, S., está violada uma das poucas regras desta casa, o assinar por baixo, o dar a cara, mas, em face das amigáveis provocações, vamos abrir uma excepção e, sobretudo, tudo fazer para que S. em breve se revele. É certo que o ritmo de edição vai abrandar, pelo menos da nossa parte, mas todos os dias consultaremos o correio para proceder à imediata publicação do que nos chegar. Quanto aos nossos amigos " que não têm vida para isso" o que desejamos, ardentemente, é que "tenham Vida e a tenham em abundância", para citar as escrituras. Alguma coisa há-de sobrar para nós. Obrigado, S., pela generosidade das tuas palavras e que possamos merecer a tua confiança em nós no mais curto prazo de tempo possível, para que a revelação da tua identidade possa acelerar a nossa identificação contigo, quer dizer com a tua e nossa história! ac
Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009
ANDA UMA VOZ EM S.BENTO....
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=WGEJh4MhJbs]A meio da campanha, longe do frenesi eleitoral, na antiga Capela de S.Bento,
uma voz, enquanto não chegam as
vozes de eleição.antónio colaço
...
<a href="
http://www.youtube.com/watch?v=WGEJh4MhJbs">[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=WGEJh4MhJbs]</a>
A meio da campanha, longe do frenesi eleitoral, na antiga Capela de S.Bento, <strong>uma voz</strong>, enquanto não chegam as <strong>vozes de eleição.</strong>
antónio colaço
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009
DEFENDER AS NOSSAS CRIAS
Achei oportuno convocar para aqui este texto publicado na
ânimo e na linha do que já várias vezes defendi de que a
animus.60 é
nossa e dos
nossos.Está tudo dito.Escrevam também.ac
Estas são imagens colhidas no passado Domingo, em Abrantes, e mostram o Novo Arquivo Municipal "
Eduardo Campos", que será inaugurado no próximo Sábado,19 de Setembro, pelas 10.30.
O projecto da obra é da autoria do Arquitecto
João Colaço*.
Este é o Convite endereçado pela Câmara Municipal de Abrantes e no qual é omitido o nome do autor da obra.
Sendo que um Arquivo serve, entre outras coisas, para guardar, como
memórias vivas, quem foi quem e
o que fez, no Concelho, será que a Câmara Municipal, o seu Presidente, já não tem memória de quem foi o autor?
Ficamos a aguardar pelo Convite para a inauguração do polémico MIA, o chamado
Pedregulho de Abrantes, vulgo Museu Ibérico.
O quê, não sabem quem é o autor?! Pronto, somos humildes, batem-nos mas damos a outra face, Carrilho, Carrilho da Graça!
Ironias à parte, não fica bem a uma câmara, ainda por cima
socialista, para quem a
valorização das pessoas está acima de tudo, passar ao lado de quem suou estopinhas para dar corpo a uma ideia que, ao princípio, parecia não querer ultrapassar a feitura de um moderno armazém de velharias documentais e nada mais. Sei do que falo.
É tempo de as câmaras municipais
começarem a dar nome aos autores das suas obras, sejam eles os
humildes arquitectos dos seus gabinetes ou os badalados arquitectos
pagos a peso de ouro mas de quem, a reboque da sua mediática áurea , os senhores autarcas lá vão embarcando alguns dos seus
desmedidos deslumbramentos.
antónio colaço
*Declaração de interesses - O Arquitecto
João Colaço é meu filho e com o qual tenho grandes discussões sobre alguns dos caminhos e opções da moderna arquitectura. Era o que faltava não defender as minhas crias quando passo o tempo a defender as crias de todos os meus queridos amigos.Parabéns,
grande João, e desculpa nem sempre ter-te dado toda a atenção para os mil e um esquiços com que perpetuaste a memória do "tio Eduardo Campos"!!!Parabéns,
Eduardo Campos - tu que já estás nessa
Eternidade inarquivável - apesar das polémicas, das distâncias do Arquivo em relação ao centro da cidade, ele ali está para nos
encurtar distâncias com as memórias dos nossos antepassados. Como tu tão bem soubeste comprovar!
Terça-feira, 15 de Setembro de 2009
LEITURA.AS CULPAS DOS OUTROS
É tão fácil deitar as culpas aos outros!Francesco Alberoni *
A vitalidade é uma força interior, uma energia que agarra a vida e transmite vida. Manifesta-se da forma mais simples, enquanto alegria de existir, no entusiasmo, no optimismo. Há pessoas que acordam felizes e saem de casa com abertura de espírito e curiosidade pelo mundo. São pessoas que sabem enfrentar situações difíceis e grandes perigos. É certo que também sofrem e têm medo, mas não se entregam ao desespero; reflectem, exploram, procuram novas soluções e acabam por encontrar uma saída.
Muitos consideram que as qualidades mais importantes para enfrentar o mundo são o rigor, a firmeza e a vontade. Na realidade, há qualidades igualmente importantes como a criatividade, a curiosidade, a flexibilidade, a capacidade de reduzir a tensão e a de retirar prazer daquilo que se faz. E, sobretudo, a capacidade de fazermos auto-análise, de examinarmos as nossas acções, reconhecemos os nossos erros e os corrigirmos imediatamente. Muitos atribuem a culpa das suas desgraças e insucessos ao azar, à maldade e à incompreensão dos outros. Lamentam-se, criticam tudo e todos e acabam por ficar tristes e enfadonhos. A verdade é que somos quase sempre nós os responsáveis pelos nossos insucessos. Porque fomos preguiçosos, porque não fizemos o necessário, porque nos sobrevalorizámos, porque fomos arrogantes, ou demasiado crédulos, ingénuos. As pessoas de grande vitalidade tentam sempre prever as consequências das suas acções e, quando as coisas correm mal, têm a capacidade de perceber onde erraram e de mudar de rumo. As personalidades realmente criativas estão em contínua regeneração e mantêm-se sempre inovadoras e jovens.
Quem tem uma vida rica sabe reconhecê-la e não a teme. São pessoas que reconhecem as qualidades positivas dos outros, aquelas que devem ser valorizadas e imitadas.
Quem tem uma vida rica transmite vida, gera vida, o que, por sua vez, transmite força, confiança, esperança, desejo de agir. São virtudes indispensáveis para quem deseja criar e construir, seja no domínio científico, seja no domínio artístico ou no político. Todas as personalidades que deixaram uma marca na história souberam sempre escolher os seus colaboradores e também convencê-los, estimulá--los, motivá-los e suscitar-lhes entusiasmo. Quem não acredita, quem não sente paixão, quem não sabe amar, não sabe dar, não produz nada e não deixa marca alguma.
Sociólogo, escritor e jornalistaIn Jornal I