Segunda-feira, 31 de Maio de 2010
A CARTA DE D. ANTÓNIO MARCELINO

 

Meu caro Colaço

Saude e paz.

Chegam-me noticias de projectos em relação aos antigos alunos.

Desconhecia por completo e dizem-me que as coisas já vão longe.

Um grupo deseja encontrar-se comigo e virá proximamente a Aveiro para conversarmos.

 

Nem quero desunião, nem entro em divisões. Associar-se é um direito, mas não se trata de uma associação qualquer. O que existe tem uma longa história e tem persistido. O que vem, se vier e for em clima de divisão e de contestação ou fruto de outras razões que nada têm a ver com os antigos alunos, podem estragar o trabalho alegre de muitso anos. Todos sabemos como funcionam as associações que por aí há, muitas vezes espartilhadas por leis e lutas.

Gostava de saber com objectividade o que se passa. Não usarei de qualquer privilégio para influenciar quem quer que seja. Mas sou um pouco voz da memória e sem memória não há projecto futuro consistente. Porque não aproveitar a reunião de Janeiro para discutir este problema e ver o que as pessoas pensam? Seria o mais normal.

E se um dia se for para uma coisa mais formal e com estatutos reconhecidos, então que seja uma associação canónica com reconhecimento civil e assim com todos os direitos e deveres, mas que salvaguarda a natureza da associação, a sua história e os seus objectivos.

Fico aguardar noticias, se entenderes que mas deves dar.

Um abraço amigo

 

A. Marcelino

 

NR

 

Duas palavras, apenas, nosso querido Bispo D.António Marcelino, antes da carta final com que quero responder a esta que teve a amabilidade de me enviar.

 

"Sem memória não há projecto futuro consistente!"

 

Caro D.António, todos os que lidaram mais de perto com a organização de "Alcains 24 de Abril" sabem as múltiplas diligências que realizei para contar com o senhor não só no habitual Encontro da Buraca,  como, também, e sobretudo, em Alcains, em nome, exactamente da MEMÓRIA que para nós significa!

Vª Revª sabe que a última mensagem que lhe deixei, quando já nada mais queria do que meia dúzia de palavras para editar na pequenina revista, como aconteceu, porque mais nada esperava, face à reiterada indisponibilidade que me comunicou, foi, como a pedinte do Evangelho, perante as migalhas da mesa.. "D.ANTÓNIO, OBRIGADO PELO SEU SIlÊNCIO.TUDO FAREMOS PARA SER DIGNOS DELE.MAS TEMOS MUITA PENA QUE NÃO POSSA ESTAR CONNOSCO!"

 

2

Todos sabem que nunca nutri grande apreço pela criação da Associação. Todos os grandes encontros de ontem como de hoje, à realização dos quais humildemente ajudei, nunca precisaram da sua existência formal.

Acho mesmo que hoje, com o privilégio das novas tecnologias, tudo nos é possível alcançar já que nós somos muito mais do que uma qualquer Associação porque nós gostamos de nos associar!

Todavia respeito e respeitarei sempre os que querem caminhar nessa direcção daí que, no final do Tabor de Alcains - um Tabor que me tem trazido nos últimos dias algum dissabor - eu próprio incitei os que queriam avançar nesse sentido, nomeadamente, o nosso querido João Heitor, para que definissem metodologia e datas para uma reunião, em Lisboa, ou noutro sítio, entre os que estão disponíveis para tal, desde logo, os elementos que foram aceites por unanimidade no Plenário da Buraca!

 

Um mês depois, alguém sabe de algum passo dado nessa direcção?!

 

3

 

Isto assim se diz para que o meu querido amigo fique tranquilo e não me julgue cabecilha de uma qualquer revolta organizada contra quem ou o que quer que seja.

Por mim, continuo, apesar de algum desânimo, confesso, a tudo fazer para que este lugar de encontro não nos desencontre, tantos os trilhos percorridos para nos reencontramos ao fim de meia centena de anos.

 

AlCAINS, UM MÊS DEPOIS, pode ser, à luz destas suas palavras, uma boa ocasião para reflectirmos que é feito da ALEGRIA com que nos alegramos?

 

Saberá, então, as respostas que terei todo o prazer de lhe enviar se nosso leitor não se quiser com mais frequência tornar!

 

D.António, está aqui tudo, para o bem e para o mal, o que escrevemos!

Tanto as promessas de eterna amizade que jurámos, como as desconfianças  solidariedade que entre nós gerámos.

Estamos aqui todos

Junte-se a nós,finalmente!

antónio colaço

 

 



publicado por animo às 20:48
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INAUGURAÇÃO NA GALERIA ASSOCIAÇÃO 25 ABRIL.OBRIGADO!

 

Antes de nos debruçarmos sobre a carta de D.António Marcelino, seja-me permitido - sim, na primeira pessoa, raio de indisfarçável pudor - agradecer a todos aqueles que quiseram participar na inauguração da Exposição "EM ÉVORA, SÊ ROMANO! PERDÃO, ALENTEJANO!"e que teve lugar na passada sexta-feira, pelas 19 horas.

Vinda de Évora, serviu de pretexto, não só para o reencontro com alguns amigos recentemente reencontrados em Alcains, como, para outros, que, não podendo estar em Alcains, aqui se reencontraram.

 

Antes de mais, duas palavras, que quero breves.

Uma para agradecer ao meu querido amigo Mário Pissarra, por ter aceite o convite de apresentar a exposição e o autor! Havemos de voltar ao assunto não sem que antes reafirme que o privilégio foi meu ao ouvir as avisadas e sábias palavras do Mário mesmo quando, como setas, exigem que repense, reconsidere, amadureça. Mas...Mário, sou e fui dos que, quando em processos de liderança sempre quis e continuarei a querer ter ao meu lado, vozes que me fazem saber ver o que estou a fazer mal,  mais do que gratuitos salamaleques. Obrigado, outra vez!

 

O Mário teve, também, direito a um ânimo de ouro, mesmo se, num processo de completo cansaço, nada mais, ficou por ser entregue ao vivo! Tal como ao Pe Anselmo. Aliás, o mesmo aconteceu no tardio agradecimento à minha própria mulher, incansável no apoio que me tem dado! Somos assim,às vezes tratamos mal os que queremos melhor, mil desculpas, Mário, mas vai a caminho de casa o troféuzinho que, por direito, conquistaste. Tu, um colaborador da ânimo, desde a primeira hora!

A segunda palavra vai para o Manuel Carrilho a quem a ânimo atribuiu,igualmente, um ânimo de ouro, como memória viva do muito que dele ainda beneficiámos em vida, nomeadamente, alguns fabulosos textos aqui publicados e que nos revelaram o homem profundamente agarrado à vida!As diversas tentativas que fizemos para entregar a seu filho Gui têm resultado em vão. Ficará na nossa redacção até quando Deus quiser. 

 

As imagens de Pedro Silva:

 

 

 

 

Dois ânimos de ouro cá para a casa! Para o Mário Pissarra e para o Manel Carrilho, in memoriam!

 

Mário e Xico Simão

 

Duque, Zé Ventura,Silvério, Anibal e Zé Pedro.

 

 

Xico Simão e seus filhos Margarida e Pedro.

 

 

Anibal Henriques, Zé Ventura e Silvério e Pissarra lá mais atrás.

 

 

 

-Ó Colaço, eu sei que estou com um défice de colaboração com a animus! Mas vem aí nova crónica para mexeer com a malta

 

-O Zé Ventura hoje derixou-me de mãos a abanar, sem a sua inseparável máquina fotográfica!!!

 

 

 

E olhem só quem apareceu, por fim:

 

 

Zé Ventura e...o Engº Ernesto Afonso, chegado quase no final, apoio aos filhos músicos oblige!

Para a próxima, Ernesto, contrato um dos teus filhos para o Concerto de abertura da próxima Exposição! 

Um privilégio continuar a contar com estes teus reconfortantes aparecimentos, tal como no velho Botequim, de Natália, naquela que foi uma das minhas primeiras exposições em Lisboa!

 

Ah! A Exposição está patente até 16 de Junho no seguinte horário:

 

Segunda a Sexta: das 12H - 15H  e das  16H -22H

Sábado 19H - 22H!

Domingos e Feriados fecha, a não ser que o Restaurante da Associação sirva refeições.

 

 

 

A todos muito obrigado!

ac

 



publicado por animo às 19:34
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Domingo, 30 de Maio de 2010
FRANCISCO AMARO,PARABÉNS, MEU CARO!!!!

acordou pelo despertador
a máquina fez-lhe a barba
sentou-se ao computador
o cartão deu-lhe o dinheiro
ligou a televisão
estava ali o mundo inteiro
tanto assunto a resolver
cada qual mais importante
importante era o saber
se a máquina tudo fazia
para quê tanto aparato
à mesa da democracia
em vez da obra o discurso
este ri(s)o é democrata
e o fulano tem um curso
e tem cartão do partido
consulta no psiquiatra
e telemóvel no ouvido
não se riu em todo o dia
nem comeu uma bifana
não bebe um copo de tinto
e à noite dorme na cama

 

Francisco Amaro

 

(In A PORTA, pag 53)

 

____________________________________________

 

 

Meus caros
 Desejo a todos um bom fim de semana ou, pelo menos, para o que resta dele.
Aproveito para dar conhecimento de que o meu (nosso) amigo Francisco Siva Amaro completa  hoje mais um aniversário.
Um abraço
Adriano Afonso

 

________________________________________

 

NR

Obrigado Adriano, pela lembrança!

Parabéns, Francisco, a tua generosidade e criatividade são puras como a neve da serra em que habitas!

Um privilégio saber-te, como as cerejas do teu Fundão, sempre disponível para a partilha, até mais não!

Voltaremos mais tarde para melhorar a edição dos anos do nosso querido Francisco!

 

TAMBÉM EM ÚLTIMA HORA VOLTAREMOS MAIS TARDE, POSSIVELMENTE SÓ AMANHÃ, PARA PUBLICAR UMA CARTA DE D. ANTÓNIO MARCELINO.

NADA QUERO ANTECIPAR MAS CREIO QUE CHEGOU A HORA DE PÔR TODOS OS PONTOS NOS IIS.

 

ac 



publicado por animo às 21:12
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Quinta-feira, 27 de Maio de 2010
ALVES JANA. A EUROPA VAI LÁ?

A Europa vai lá?

 

A Europa nasceu de uma ideia simples: o que não existe pode fazer-se. (O mesmo pensou D. Afonso Henriques, e foi um êxito.)

A vida cresce de baixo para cima. Por isso, foi fácil fazer crescer a Europa quando esta se limitava a ser um grande “mercado comum”, onde todos os países membros queriam vender mais. Então, a dificuldade era aguentar alguns particulares que perdiam com a abertura das fronteiras e isso fez-se injectando rios de dinheiro nas economias locais. E todos sentiram que ficavam a ganhar. E quando todos sentem que ganham… É assim que se faz um jogo comum cerrado. E no caso da Europa, êxitos sucessivos construíram em pouco tempo um invejado “objecto político novo”.

Mas, hoje, a coisa parece o inverso: a “estratégia de Lisboa” foi um fracasso, a Europa perde competitividade económica, o euro está em perigo, Bruxelas não consegue definir uma política externa comum e por isso perde voz na cena internacional e os negócios das empresas europeias perdem terreno enquanto o desemprego é uma ameaça crescente e o seu modelo social está minado pela base. Afinal, o que se passa?

Hoje a Europa vive uma contradição insanável. É feita de países soberanos que, como tal, não querem abdicar da sua soberania, mas querem resultados que não podem derivar do exercício dessa soberania.

Porquê? Porque, entretanto, a globalização tornou-se irreversível, a liberalização dos mercados deu saltos gigantescos, a China entrou na Organização Mundial do Comércio, a crise das energias mudou as regras do jogo… e, portanto, o jogo global passou a ser outro. E hoje, a Europa não pode ser apenas um “mercado interno” gigantesco. Ela tem de obter resultados no mercado global em competição com outros jogadores de peso. E os resultados não se obtêm com cada um dos 27 países membros a puxar a brasa à sua sardinha.

Por isso, a conclusão recente dos “sábios da Europa” é a constatação disso mesmo: se a Europa quer aquilo que parece querer, tem de fazer aquilo que é necessário fazer – dotar-se de outro modo de funcionar.

Parece simples. E, de facto, todos sabiam já isso. Isso mesmo anda a ser dito há muito, muito tempo, por muitos que sabem do assunto. O problema não é esse.

O problema é que o que interessa a todos - uma União Europeia mais forte e eficaz no jogo global - exige que se faça aquilo que os estados membros não querem e não admitem que se faça. Portanto, não se faz, não se reforma, não se vai para onde já queríamos estar. E ninguém tem poder ou força para fazer aquilo que se sabe ser necessário fazer. (Como agora em Portugal.)

Mais uma vez, a soma das partes não dá o mesmo que o todo desejado e pensado como resultante das partes.

A Europa Unida é um sonho bonito e poderoso? Mas o sonho não tem poder suficiente para fazer mover os países europeus nessa direcção. Só a acção inteligente e concertada tem poder para introduzir alterações e agregar o todo num outro estado de coisas.

Estão os países da Europa dispostos a fazer o que seria necessário para que a Europa seja aquilo que eles desejam que seja? Não estão. E é por isso que as mudanças não acontecem. A evolução só vai acontecer, se acontecer, quando a realidade dos factos indesejados for intolerável. Mas nessa altura poderá ser já demasiado tarde.

 

Alves Jana

 

 



publicado por animo às 09:47
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último convite

Desculpa interromper o silêncio que por aqui se faz.

Apenas para te dizer que há um último convite, aqui.

Muito obrigado.

 

A nada te sintas obrigado.

ac



publicado por animo às 08:59
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Terça-feira, 25 de Maio de 2010
DE QUE SILÊNCIO É FEITO O SILÊNCIO QUE AQUI SE FAZ?

Seguramente a última imagem feita pelo último a abandonar a FESTA. Ontem, como hoje, o Sol, o Irmão Sol, por derradeiro companheiro.

 

 

- Está alguém por aqui?!Parece que houve aqui grande folguedo,senhores.Onde estão, agora, todos? Parece-me ouvir um sussurro de mil e uma conversas feito....gente desencontrada desfeita em mil abraços, o passado recomposto depois de quebrado em mil e um pedaços. Na sala ecoam, ainda, as tantas promessas de despedida, nunca mais vamos andar uma vida sem voltar a falar, a conversar, a telefonar a....blogar. Terá havido mesmo festa - F-E-S-T-A - tamanho o silêncio que assim se manifesta?

 

-.... quem sois, quem vos julgais para questionar o nosso silêncio? Quem foi que vos abriu a porta deste lugar aonde haveremos de voltar?Não tendes o direito de nos confrontar mesmo que entendais haver nobres motivos para satisfazer a vossa curiosidade...

 

-Quem é que assim se me dirige, a mim, um simples e desconhecido caminheiro que me habituei por aqui a pass@r tamanha a alegria, tamanha a partilha de vida que aqui me habituei a encontrar?

Por quem sois, dizei, pelo menos, de que silêncio é feito o silêncio que aqui se faz?!

 

- ....

ac

 

____________________________

 

MANUEL DOMINGUES ( POR TELEMÓVEL DEVIDO A PROBLEMAS NO PC)

 

Caro, acabo de visualizar o blog pela net pública.

Presentes, Francisco Amaro, Jana,Colaço, que subscrevo e entendo:

-para onde foram dos ainda tantos em Alcains?

Levava a alma cheia a pensar escrever para vários.Desisti, fosse também por inadequação ao meio.

Parece que algum automatismo está a eliminar energias.

Onde a nossa vitalidade?

Haja saúde, diálogo,contestação.

Inactividade, não pode.

Abraço para todos

Manuel Dominmgues



publicado por animo às 08:21
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Domingo, 23 de Maio de 2010
FRANCISCO AMARO. O QUE VEJO EU EM DIA DE ROTINA

 

o que vejo eu
em dia de rotina
 
o fiscal da câmara
abre uma janela clandestina
 
o construtor rasga a guia
do material que recebia
 
o gnr a favor da corrupção
limpa a transgressão
 
para beneficiar uma equia
o árbitro não apita
 
as firmas vão à falência
para salvar a gerência
 
o político paga um favor
nomeando um assessor
 
para legalizar o imbróglio
o juíz consulta o código

 

Francisco Amaro

(In A PORTA, edição do autor, pag 61)



publicado por animo às 21:59
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Sexta-feira, 21 de Maio de 2010
ALVES JANA.CRÓNICA

Uma feliz semana para os meus amigos.

E para os inimigos também.

jana

 

QUE 25 DE ABRIL?

 

Mais uma vez, este ano voltámos a ouvir a mesma queixa sobre “os sonhos” que não se realizaram, a liberdade que foi “mal usada”, e a inevitável conclusão de que “não foi para isto que se fez o 25 de Abril”.

O que significa que foi feito para “outra” coisa. E a liberdade só teria sido bem usada se essa outra coisa tivesse sido realizada. E essa outra coisa era, ao que parece, os sonhos que então fizeram o 25 de Abril.

Havia, portanto, os sonhos. E o 25 de Abril seria – hoje, devia ter sido – realizar esses sonhos. Ainda e sempre, pegar numa forma e configurar com ela a realidade. E o que fugisse dessa forma, seria malformação. Ainda e sempre o modelo de construção de cima para baixo. Neste caso, impor os sonhos à realidade.

Que sonhos?

Na casa dos meus sogros corre ainda o relato do seu 25 de Abril. Andavam a fazer carvão numa herdade do Alentejo e vieram uns homens a gritar. “Aqui ninguém trabalha. Agora somos todos ricos”. Tiveram de parar o trabalho. Mas quando os homens se foram embora, o meu sogro sentenciou um “Vamos mas é trabalhar, que se não o ganharmos ninguém no-lo dá”. E foram fazer pela vida.

Ser rico sem trabalhar. Este foi um dos grandes sonhos do 25 de Abril. E para isso ele foi feito. Não o golpe de estado do dia 25, mas a revolução que se lhe seguiu e também teve o nome de 25 de Abril.

Porque o golpe de estado teve três sonhos: descolonizar, democratizar e desenvolver. A descolonização foi feita, embora (talvez) pudesse ter sido melhor. A democratização foi feita, embora também pudesse ter sido melhor. E o desenvolvimento foi feito, embora pudesse ter sido muito melhor.

Mas a democracia é isso mesmo, abrir a possibilidade de a vida ser feita de baixo para cima e não de cima para baixo.

E foi o que aconteceu. Fizemos o que fomos capazes de fazer. E o que não temos agora é aquilo que não fizemos.

É claro que tudo poderia ter sido feito de outro modo. Cada uma das personagens, da alta política e alta gestão, até aos agentes das nossas relações diárias e dos nossos pequenos compromissos a curto e médio prazo, todos podíamos ter agido de outro modo.

Mas a democracia é isso mesmo, repito, construir de baixo para cima, fazer a vida com aquilo que cada uma das personagens, singulares e colectivas, faz no interior do sistema comum em que vivemos. E é por isso que a democracia é mais eficaz. Embora tenha também os seus limites. Pois ninguém pode garantir, de cima e de fora, o resultado. E se o que for feito não seguir na direcção certa, o resultado não o desejado.

Mas o que é a direcção “certa”? Aquela em que os resultados da acção são os desejados. Por isso a democracia tem três tarefas decisivas. Saber o que quer, definir como chegar ao que se quer, e executar o que permite atingir o que se quer. E mais uma quarta tarefa: a vigilância permanente da coerência das três referidas tarefas. (Ao contrário dos que têm a certeza absoluta do que querem e do que fazem… até se darem conta de que chegaram ao sítio errado sem saberem porquê.) Porque em cada uma das três tarefas se pode errar.

Hoje, o lugar onde estamos é aquele para onde, durante 36 anos, nos dirigimos.

 

P.S. – Salvo melhor conta, esta é a minha crónica nº 450 aqui no PL*. Não chega ainda?

 

Alves Jana

 

*PL-Semanário Primeira Linha onde Alves Jana colabora.ac

 



publicado por animo às 07:28
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Quarta-feira, 19 de Maio de 2010
CONVÍVIOS COM VIDA DENTRO . ANTIGOS ALUNOS, COMBATENTES & COMPANHEIROS DE ESCOLA

Se quiser ler, aqui, obrigado.

ac



publicado por animo às 11:26
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Terça-feira, 18 de Maio de 2010
DIÁCONOS REUNIDOS EM MAÇÃO

 

 

 FORMAÇÃO DE DIÁCONOS PERMANENTES
 
A formação dos Diáconos Permanentes da nossa diocese não terminou com a sua ordenação, e no passado dia 15 do corrente mês de Maio realizou-se um dos encontros programados. Desta vez a localidade escohida foi Mação, fora portanto do local habitual, a casa diocesana de Mem Soares, uma vez que para além da vertente formativa havia também a parte de convívio no qual poderiam participar os familiares mais directos dos Diáconos. O encontro iniciou-se com a oração da Hora Intermédia, seguindo-se um espaço de formação orientado, como habitualmente, pelo Reverendo Cónego Bonifácio Bernardo, e que desta vez se resumiu à revisão e informação sobre aspectos práticos da actuação dos Diáconos Permanentes.

A celebração da Eucaristia foi momento de oração pelos presentes, mas sobretudo pelos que já partiram para a casa do Pai, nomeadamente os Diáconos Fontes e Grácio. O almoço foi servido num conhecido restaurante local, onde fomos acompanhados pelo Reverendo Padre Amândio, Pároco de Mação, que na sua generosidade resolveu oferecer a lauta refeição a todos os participantes, o que muito sensibilizados agradecemos.

 

Manuel Cardoso

 



publicado por animo às 07:29
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