A animus deixa aqui um abraço solidàrio ao nosso amigo Joaquim Silvèrio (968928351) no momento em que vê partir O seu Pai Joaquim Mateus,um jovem de 90 anos e muito lúcido como nos contou o Quim.
O funeral realiza-se, amanhã, às 16H, na Igreja da Amieira/Oleiros.
Mais logO publicaremos uM texto do Adriano Afonso.
aNtònio colaço
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adriano afonso
Meu caro
Começo por enviar um abraço solidário ao nosso querido Silvério Mateus.
Um dia acordamos num berço, sem saber que ali estamos. Vamos-nos apercebendo, paulatinamente, da presença de dois seres que nos mimam e a quem nos afeiçoamos pela comida que recebemos e pelo carinho; apercebemo-nos, mais tarde, que estes dois seres são nossos pais e que, ao longo da vida, enquanto esta lhes for permitida estarão, fisicamente, a nosso lado, sempre solícitos, com um abraço pronto para nos confortar, com um sorriso para nos apoiar, enfim, serão sempre como que umas asas protectoras.
O Silvério Mateus perdeu a noite passada o seu pai. Calou-se a sua voz, mas o seu sorriso perdurará na mente de quem com ele conviveu, contudo, ele está e estará sempre presente na vida dos que amou e lhe retribuíram de igual modo. O seu espírito estará presente sempre que o recordarem.
O último adeus será realizado na igreja de Amieira de Oleiros, amanhã, pelas 16 horas.
A vida é mesmo assim e, quer queiramos quer não, nada altera o ciclo normal da vida.
O amor é a única força que liga quem fica e quem parte.
Mais uma vez, para o Silvério, para a São e filhotes um forte abraço.
Adriano Afonso
Actualizaremos a lista amanhã.
Não conseguimos estar a actualizá-la hora a hora.
Sabemos que nas últimas horas tem crescido o ritmo de inscrições e neste momento estaremos a ultrapassar a centena de participantes.
Num post mais abaixo todas as coordenadas para onde devem efectuar a inscrição.
Em última análise para o nosso maisl que reencaminharemos quer para o Adriano Afonso (919900320) quer para o João Peres (917524255).
Para o pessoal de Lisboa que queira ir de autocarro, devem ligar para o Manel Pires Antunes (919414179).
Obrigado.
antónio colaço
FINALMENTE CHEGAREI A PORTALEGRE!
Não tendo eu, em devido tempo, chegado a Portalegre, o que me leva agora a querer lá chegar?
Para dizer a verdade, não é Portalegre em si que me seduz, pois podia ser um outro qualquer local que pouco ou nada me incomodaria. Minto, pois as questões práticas e logísticas merecem sempre alguma atenção.
Admito, contudo, que os locais tenham para alguns o seu simbolismo, o que não deixa de ser importante, já que o simbólico é uma componente importante da nossa vida e cada um de nós terá certamente as suas referências simbólicas. No meu caso, Portalegre foi apenas uma meta longínqua que nunca cheguei a cortar.
A minha pergunta vai num outro sentido, ou seja, o que me liga a este grupo dos Antigos Seminaristas da Diocese de Portalegre e Castelo Branco?
Primeiro, e é apenas um facto, porque também eu sou um antigo seminarista dessa diocese. O facto em si seria já suficiente, mas talvez não fundamental. Confesso que o que me aproxima e a razão pela qual me identifico com o grupo em nada tem a ver com os espaços físicos que me acolheram - Gavião e Alcains -, mas sobretudo com os laços que teci com outros que por esses mesmos espaços passaram e também o sentimento de que partilhei com muitos outros - mesmo se em momentos diferentes no tempo - o mesmo objetivo, os mesmos sonhos. Certamente fugazes como muita coisa da nossa infância e adolescência, mas que fizeram, em determinado momento da nossa vida, com que fossemos acolhidos por algum desses espaços.
A verdade é que estes espaços físicos não são identificadores de memórias a não ser para quem por eles passou. Contudo, o conjunto dos três – Gavião, Alcains, Portalegre - adquire uma identidade muito própria. Eles estão unidos por uma espécie de linha imaginária sobre a qual algum dia também nós estivemos. A distância que nela percorremos é de somenos importância, o que é relevante, e que eventualmente nos aproxima, é o facto de algum dia termos também nós estado, simultaneamente ou não, sobre essa linha e sobre ela deixámos o nosso traço.
Não me seduz o recordar apenas como memória, mas seduz-me o reencontro com memórias que são uma pequena parte do que hoje sou e também o ser capaz de, a partir do reencontro, acrescentar um pouco mais ao que ainda desejo ser.
O convívio é a forma ou o meio que pode facilitar esse meu desejo de, a partir de memórias de pessoas concretas, desenhar outros futuros que mais tarde serão também memórias, minhas ou de outros.
A verdade é que, e sem qualquer obrigatoriedade, nesta seara de gente outras cumplicidades, amizades ou outros laços se vão construindo à medida que nos vamos reaproximando. Pode não acontecer, mas se não nos dermos a oportunidade não acontecerá de certeza.
Por tudo isso, sinto vontade de vos anunciar que finalmente chegarei a Portalegre!
Levei algumas décadas, mas consegui.
Para festejar tão nobre e “árdua” tarefa, sentir-me-ia bem mais feliz se aí tivesse o prazer e a alegria de encontrar alguns – sei que não podem ser todos – daqueles com quem partilhei, em algum ponto da linha imaginária, alguns rabiscos de futuro ou passos de dança de uma vida por viver.
Não percas a oportunidade, deixa que a vida tranquilamente flua e verás que os «milagres» acontecem.
Sejam felizes em seara de gente e, se possível, marquemos encontro em Portalegre. Na espera de um abraço no tempo adiado, aqui fica o desafio.
José Centeio
PS. Manuel, Gaspar, Custódio, Catarino, Chico Vaz, Conceição, Luís Ramos, Adérito, Mateus (o outro), Victor Cardoso, Assis, Vitorino, Simão, Rui Sanches, Carlos (Espanhol), Alexandrino, ... e muitos outros...
Venha de lá esse abraço adiado, não o percam de vez.
NR
Zé, desculpa, mas não resisti a dois ou três sublinhados que vêm na linha do que aqui temos defendido.
Muito obrigado!
Grande texto.Grande contributo para acabar com algumas indecisões, não duvidamos!
Venham mais.
antónio colaço
O nosso amigo João Lopes Oliveira não pára de nos surpreender.
Foi dele o pontapé de saída dos textos evocativos de Portalegre e que, em princípio, vão constituir a pequena e habitual brochura com que assinalamos os nossos REENCONTROS.
Acabadinho de chegar está já, também, um texto do Zé Centeio que ainda não lemos mas que nos parece estar bem esgalhado, com a qualidade a que o Zé já nos habituou.
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Regressando ao João Oliveira, eis que nos entrou, esta tarde, pela Mãe d'ÁguA vindo expressamente de Coimbra para visitar a nossa exposição "LISBOAS".
Motivo pelo qual estabelecemos com ele dois dedos de conversa, no final, sobre o ENCONTRO DE PORTALEGRE.
Fala, João:
Mas as surpresas na Mãe d'Água, hoje, não se ficaram por aqui.
Os nossos amigos do ano do Elias Pita lopes, da Queixoperra, só têm de responder ao apelo do Elias para o reencontro em Portalegre!
Fala, Elias:
Meus caros
A vida não está fácil, o tempo sombrio/frio/chuvoso não ajuda a que a motivação desperte. Esperemos que o optimismo do João Lopes crie uma dinâmica e desperte a vontade adormecida.
Alguns, a maioria de todos nós, não chegou a Portalegre.
Eu, no segundo ano, deixei o Gavião e rumei à casa paterna, no início de Novembro; 15 dias depois, para não perder o ano, fui conduzido ao seminário de Beja.
Isto apenas para vos dizer que o que nos deve congregar não são os edifícios, se bem que possam ter deixado as suas marcas, nem tão pouco as convicções religiosas, mas apenas e só a amizade que criámos na adolescência.
É verdade que nós podemos partilhar a amizade com um telefonema, através de mensagem de internet e ou do telemóvel mas a maior expressão da amizade é partilhada à mesa, com o convívio entre todos.
Envio-vos a lista de inscrições.
Até ao momento temos 51 presenças.
Não é nada mau ao fim de pouco mais de uma semana de inscrições, mas precisamos de mais, de MUITO MAIS.
Um abraço
adriano afonso
aaaaPORTALEGRE aaaa
Acabei de sair da SIC Notícias, há instantes, onde, para além de comentar as notícias do dia,terminei a oferecer a todos os que fazem aquela televisão, a edição da serigrafia SINFONIA PARA UM PRATO DE BATATA FRITA COM SALSICHA editada pelo CPS-Centro Português de Serigrafia a partir deste original de Março de 1972.
Sem rumo - falhou um agendado almoço cujo silêncio em torno da sua realização acabaria por me desestabilizar mesmo a entrar para os estúdios - decido ir almoçar à tasca "O Galo", no Nº 26 da Rua Dr Gama Barros, mesmo por detrás do velho e pioneiro Centro Comercial da Av de Roma, onde nasceu a vontade de registar, em grafite, aquele que era, em regra, o nosso prato de jantar há quarenta anos.
Desilusão.Uma senhora explica-me que "ah!isso já fechou há tantos anos.Agora é o restaurante Bikini que só abre de vez em quando".
Não há tempo a perder.A Mãe d'Água espera por mim.Entre a saudade e actualidade devo poder demorar-me mais um pouco.
Espera-me a Pastelaria Sílvia, em plena Avenida de Roma, um dos mais míticos lugares de encontro dos cardiguenses, que me adoptaram, em Lisboa.Na esquina para a Piscina do Areeiro.
É aqui que me sento na esplanada e peço o prato de batata frita, o cachorro e a imperial.As iguarias mais chegadas ao prato original da desaparecida tasca GALO.
E é aqui, meu querido e saudoso Zé Mário ( para os leitores és o homem de barbas que encima esta "Última Ceia" contigo na Portugália!) que tu entras.
Preparo-me para te escrever uma carta, sabendo que neste momento és, afinal, de toda a malta, o único que verdadeiramente aqui estás presente ao meu lado!
Todos os outros andam na sua folia.
Quero recordar Zé a tua paternal amizade para com todos nós, em especial para comigo, o benjamim da turma, a todos os níveis, acabadinho de sair do Convento e a quem todos queriam "ajudar" a abrir os olhos para este novo mundo que me acolheu vindo do distante Porto.
Estou quase a deixar rolar uma lágrima enquanto me preparo para descer contigo até ao velhinho Império, tu com o teu inseparável Diário de Lisboa, quem sabe eu vá ver pela milésima vez o Dustin Hoffman e a sua PRIMEIRA NOITE (sim podem ouvir aqui uma dessas eternas músicas que tanto nos marcaram a todos) quando, tendo começado a comer as batatas fritas acabadinhas de chegar, já o cachorro ia a meio, avança na minha direcção, meio andrajoso, desgrenhado, um rosto fustigado por noites mal dormidas, vindo de leste, mas a fazer pela vida, oferecendo-me para que compre o Borda d'Água.
Recuso e minto dizendo que já tenho.
Quero continuar a escrever para ti, Zé.Eu que costumo dizer agora, meia figura pública a dar entrevistas a aparecer na TV, que não vivo para escrever ou pintar. Pinto e escrevo porque vivo, Zé!
Zé, o homem não desarma. Não vê que estou a almoçar e a celebrar os 40 anos de um quadro que acaba de ser mostrado ao mundo.Não vê que tenho uma lágrima a querer rolar pelo rosto e que ele está a interromper o seu lacrimoso percurso.
Zé, faz alguma coisa, quando estavas entre nós não havia "disto", romenos, feios, porcos e...maus, imagina só de onde esta gente veio para nos atrapalhar o dia. Estava aqui a conseguir uma croniqueta gira para editar no Facebook - pois, Zé, não sabes o que é isto, não é do teu tempo em que a nossa grande vontade de comunicar era ao fim do dia de volta de umas bjecas na Portugália, um SG para incensar a noite, umas escapadelas a uns barezitos do Cais do Sodré.... - e vem-me este romeno que não para de me olhar com uns olhos negros da cor da noite escura em que deve viver todo o dia a querer vender-me o Borda dÁgua!!!
Faz alguma coisa Zé, eu preciso de escrever e tenho de ir para a Mãe d'Água continuar esta saga de artista!
O romeno não desgruda.Já que não lhe conmpro o Borda d'Água ao menos, gesticula, leva as mãos à boca e sinaliza qualquer coisa tipo "dinheiro para comer!"Eu tinha visto o filme todo quando ele se aproximou da mesa, Zé!Quem me mandou vir para a esplanada, tal como fazíamos!
Eu sabia que o romeno não me ia largar!
Zé, não fazes nada, eu rendo-me!
Mandei-o sentar.
Que começasse a comer as minhas queridas batatinhas acabadas de chegar, estaladiças, um regalo, agora, para os meus olhos.Devo ter comido meia dúzia.
Que queres comer para acompanhar, um cachorro como eu?
Que sim, disse, meio espantado com o que acabava de acontecer-lhe.
Bebes uma imperial, como eu?
Queres mostarda, como eu?
Zé, continuo a falar contigo um destes dias.
Viro-me para o romeno e zurzo no mais íntimo de mim "meu sacana, dás-me cabo das batatinhas todas e nem sequer me ofereces uma!!!"
Mora na Amadora.Tem cá a mulher e uma filha. Veio da Roménia. Lá trabalhava numa empresa de mudanças.Mostra-me uma carteira a cair aos pedaços mas onde guarda a fotografia dos pais, da mulher e o seu bilhete de identidade.
Pergunta-me qualquer coisa tipo "onde andas?"
Digo-lhe que...ando por aí!
É a altura de pedir a conta e dizer ao meu interlocutor que esteja à vontade, que coma as batatinhas e que seja muito feliz.
Levanto-me para ir buscar o telemóvel à NOKIA do Areeiro pois tinha ficado a fazer um "tratamento estético (assim reza a factura)ou seja, o écran estava mais sujo do que o rosto deste romeno e já mal deixava ler o que quer que fosse.
No caminho deixo rolar todas as lágrimas que estavam há muito contidas.
Eu que esperava um almoço patrocinado por dois amigos recentes,ali estava a chorar, passo a passo, na Av João XXI, não sei se a minha própria marginalização, sim, um tipo acabado de sair da televisão, a ser recebido em ombros nalgum restaurante chique, assim esquecido!!, se a marginalização daquele romeno a quem, sem querer, terei proporcionado uma reconfortante pausa na árdua tarefa de arranjar uns cobres à custa da venda do Borda dÁgua!
Por uns instantes, amigo romeno, acho que não te sentiste borda fora dos dias.
Obrigado, Pavel Traian.
antónio colaço
NR
António Colaço na SIC Notícias, ontem.
O vídeo, finalmente, graças aos meus queridos amigos Manuel Senra e Bruno Nabais, numa primeira fase, e, depois, uma tremenda saga pessoal para conseguir editá-lo aqui na blogosfera.
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Como já disse num outro momento,uma presença algo condicionada de início - todos temos os nossos dias - que, ...creio, ganhou asas num segundo momento.
Nomeadamente, a magna questão que hoje, 25 de Abril - sim, um 25 de Abril intemporal, como se 2012 tivesse sido ontem, em 1974 - com mais acuidade se coloca:
-É preciso descobrir uma fórmula que destrua as engendradas fórmulas que nos levaram à presente situação.Nacional e internacional!
Ou seja, não ficaria muito mais barato recolocar os "quotidianos contadores" a zero?!
Quando ouvimos falar de alguns magnatas para quem está a fazer-se luz nas suas endinheiradas mentes de quererem abdicar de metade das suas fortunas, por que não, aqui, neste pedacinho à beira mar plantado, lavarmos a cara com a salgada água das nossas tantas lágrimas e de rosto erguido aos céus recomeçarmos tudo de novo. Sim, com a máxima do evangelho aqueles mais sobrecarregados mais se terá de lhes perdoar - sem dinheiro para a renda porque foi preciso para o pão, sem pão porquie foi preciso para os medicamentos, sem assistência hospitalar porque sem dinheiro para a taxa moderadora, sem...sem....
Pode parecer folclórica ingenuidade, mas que chamar, então, a esta cada vez mais desigual sociedade que Abril queria ABRIR, PARTILHAR?
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NÃO PODE HAVER TROIKA QUE NOS TROQUE AS VOLTAS AO ABRIL INICIAL!
Era isso que ontem queria ter explicado melhor!
Obrigado.
antónio colaço
Escrevo estas palavras, sem tempo para pensá-las, com Abril já ABERTO para a LIBERDADE!!!!
NÃO HÁ TROIKAS QUE NOS TROQUEM AS VOLTAS A ABRIL!!!!
Devo esta minha continuada ALEGRIA ao privilégio de ter participado há 38 anos - ... EPAM,Lumiar, RTP..atacar!!!! - no nascimento de um país novo.
Mas do que precisamos, OUTRA VEZ,é de um NOVO PAÍS, liberto de todos os velhos vícos de que ainda não fomos capazes de nos libertar.
Sim, somos os mesmos,mas ainda não totalmente diferentes do que queríamos há 38 anos!
Não temos já a longínqua guerra colonial e sim esta peste outra, próxima,corrosiva, de uns tantos a quererem mal a tantos,tantos outros.
Podemos voltar a pegar nos cravos, ao menos eles continuam iguais a si próprios, todos os dias viçosos, a dizerem-nos que esse é o caminho porque jamais renegaram as suas raízes.
ACORDA, PORTUGAL DESENRAIZADO,MERGULHA OUTRA VEZ NAS ÁGUAS DO TEU MAR.
Tens peixe de sobra para a nossa fome matar e as tuas águas querem voltar a ser navegadas, não já para as tantas especiarias rapinadas mas para exportar, mundo fora,toda a nossa riqueza adormecida e usurpada até agora!
PORTUGAL,REABRIR ABRIL ESTÁ NA HORA!
antónio colaço
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