Aqui em baixo!!!!
Ao ler as palavras do Mário Pissarra a referir-se ao Livro de Finalistas de 63 em que o P. Álvaro é retratado com algumas das suas notadas características, lembrei-me dos momentos únicos (só aconteceu uma vez, infelizmente) que os finalistas desse ano viveram ao reunirem-se os quatro no Orvalho em casa do P. Joaquim Henriques Pereira e onde celebrámos a alegria da vida que cada um tinha assumido e vivido, com bons e difíceis momentos, nos 50 anos que já tinham passado. Pois o P. Joaquim H. Pereira surpreendeu-nos nesse convívio, entre outras coisas, com o nosso Livro de Finalistas, que eu depois fotocopiei para todos.
Talvez seja interessante mostrar ao público a página do Álvaro – o poema e a caricatura – para apreciarmos as coisas bonitas que nessa altura se faziam para homenagear os que terminavam os cursos. Confesso que eu próprio já não sei decifrar todas as mensagens que o desenho apresenta… Talvez outros queiram explicar os seus conteúdos.
Já dei o meu testemunho sobre o P. Álvaro no Encontro de Linda-a-Pastora, que o Eduardo e o Colaço reproduziram, pelo que me abstenho de mais observações. Lembro apenas a capacidade do Álvaro em trilhar o seu caminho, contra ventos e marés, servindo sempre a Igreja com entusiasmo, alegria e dedicação nos muitos trabalhos a que se dedicou.
NOTA
O António lá mandou as imagens em JPG o que agradecemos.
O problema é esta "merdosa" edição do Sapo!!!
Não é possível fazer melhor.Temos pena!!!
Há muito que devia ter dado notícias sobre o Encontro de 16 de Maio. Mas o tempo não me pareceu oportuno.
Não quis interferir com o espírito da Buraca e a bem sucedida iniciativa do Encontro em Lisboa e, muito menos ainda com as evocações do Pe. Álvaro.
Relativamente ao seu funeral gostaria de agradecer ao Carlos Mingacho a iniciativa de nos fazer representar com as flores. Combinei com ele que no próximo Encontro de Maio saldaríamos o seu adiantamento (atendendo à franciscana situação da Associação dos Antigos Alunos ilibou-nos dos respectivos juros). Este é um dos assuntos que trataremos na reunião após o almoço e proponho que se crie um pequeno fundo, pois nestas circunstâncias há sempre alguém da associação que nos pode representar na ocasião. Outro assunto a agendar para essa ocasião é a discussão e aprovação dos estatutos. Talvez fosse conveniente os proponentes irem estudando uma metodologia adequada e expedita de acordo com as circunstâncias em que a mesma irá decorrer.
Fiquei contente por ter encontrado tantos sacerdotes da diocese, de diversas faixas etárias no funeral do Pe. Álvaro. Mas muito mais contente fiquei ao constatar que a gratidão não é uma palavra vã. Não foram apenas os colegas sacerdotes, ex-alunos e condiscípulos, o muito povo de Alcains, mas impressionou-me, sobretudo, a gratidão das comunidades que serviu ao longo da sua vida: grupo de casais, paroquianos e os jovens do Cenáculo. Já no cemitério, após a corpo descer à terra, emocionado e inspirado o João Oliveira fez o elogia fúnebre do homem e alcainense invulgar, do estudante brilhante e do sacerdote exemplar. Um momento marcante para muitos dos presentes.
A minha memória também conserva algumas recordações do Pe. Álvaro. Terminada a teologia chega a Alcains e foi meu professor de Religião e Moral e de Matemática. Vá-se lá saber porquê, ficou mais o professor de Religião e Moral do que de Matemática. Com a teologia fresquinha, fez das aulas de Religião e Moral mini cursos de Teologia. Fazia-o com um entusiasmo contagiante. Ditava-nos inúmeros apontamentos com datações pretensamente científicas. Mais tarde, enquanto estudante de Teologia, quando deparava com pretensas cientificidades de igual teor que não me convenciam lembrava-me do Pe. Álvaro. O que ele me ensinara com tanto enlevo e entusiasmo há muito deixara de ser defensável. Cá para dentro ria-me e pensava: lá virá o tempo! É que o tempo não é só o escultor de homens como nos ensinou M. Youcenar, mas também um escultor de verdades como antes nos ensinara Hegel e o Tempo continua a confirmar. Não é raro esquecermos que, de vez em quando, os nossos conhecimentos e certezas precisam de uma enxaguadela.
Lembro-me de num teste nos ter colocado uma pergunta sobre uma das questões mais espinhosas da teodiceia. Anunciou-a assim: se Deus é tão Bom e Misericordioso porque criou as pulgas que tanto nos chateiam? Ainda hoje me recordo da resposta que dei. Como professor de matemática ficou-me na memória um exercício que não consegui fazer (aprender matemática era, naquela época e no seminário, fazer os exercícios do J.M. da Palma Fernandes). Quando lhe perguntei disse-me que ainda não tinha conseguido fazê-lo. Como era o seu primeiro ano de Professor, o Pe. Álvaro não escondia que ia uns capítulos à nossa frente.
Mas eu não desisti. Estava a rezar o terço e fez-se luz. Eureka! A tangente não era externa ao círculo mas interna. Assim que pude ir à sala de estudo verificar assim o fiz. Maravilha das maravilhas. Batia tudo certo. No dia seguinte disse-lhe que já tinha resolvido o problema. Perguntou-me como tinha descoberto. Por precaução, o lugar da descoberta deixou de ser a capela e passou a ser o dormitório e ele exclamou: como não nos tínhamos lembrado disso! Esta minha mania de ocupar a mente durante as orações com os problemas que não conseguia resolver era uma constante. Lembro-me de já em Portalegre, quando aprendi a jogar xadrez, e sempre que perdia, as completas para além de episódicos movimentos labiais, serem o refazer do jogo para perceber em que jogada errara. Muitos dos testemunhos aqui deixados por ex-alunos confirmam os pressentimentos: estava perante alguém com um extraordinário potencial docente.
De Alcains recordo-me ainda de um Pe. Álvaro muito preocupado em ajudar os seus irmãos. Lembro-me de uma papelaria que ele ajudou a criar e do seu irmão Elias. O Elias era mais ou menos da nossa idade e arranjava uns rapazes para jogarem futebol connosco no campo do Alcains. Numa dessas futeboladas em que o Pe. Álvaro era o árbitro, no decurso do jogo há um adversário que me agarra e a minha camisa fica sem botões. O árbitro não assinalou qualquer falta. Virei-me para ele e exclamei:
-Porra, sr. árbitro! Isto não é falta?
Sorriu maliciosamente, e o jogo continuou. Numa ocasião, o Pe. Álvaro em vez de nos levar para o campo de futebol, mandou-nos entrar para a casa do povo. Assistimos a uma conferência, proferida por um Jornalista do Primeiro de Janeiro sobre marcianos. Eu que nem nunca tinha ouvido falar em marcianos, perante descrições tão realistas já estava a ver os marcianos a avançar sobre Alcains vindos do Tanque das Freiras, dos Escalos de C. Barnco …. Terminada a delirante e fastidiosa conferência, durante as habituais palmas que o dever cívico impõe, dá-se um dos momentos mais hilariantes a que já assisti. Enquanto o jornalista saía do palco, surge um senhor a chamá-lo, batendo palmas só com o centro das mãos sem que os dedos se tocassem e a dizer: venha cá que nós temos aqui uma taça| Figuras que um presidente de junta tem de fazer…
Uma vez encontrei o Pe. Álvaro na Idanha. Foi o primeiro contacto fora da situação de professor – aluno. Foi a fase em que ele vivia entusiasmado e trabalhava com os cursos Dominique. Tinha ido prestar assistência espiritual a algumas pessoas que haviam feito o curso. Fomos beber uma imperial e aí comecei a descobrir outras facetas ricas e interessantes do Pe. Álvaro.
Quando cheguei a Portalegre e folheei o livro de finalistas, verifiquei que os seus condiscípulos sublinhavam o seu carácter aventureiro, o recurso à boleia para se deslocar, o homem de iniciativa. Depois, soube que foi estudar para Lisboa para o Técnico e nunca mais soube dele. Quando o reencontrei no nosso blogue, verifiquei que as minhas suspeitas uns anos antes eram verdadeiras. Estive a almoçar no centro comercial do Lumiar e pareceu-me que era ele numa mesa afastada. Devia ter vencido as dúvidas.
Gostei de olhar para estes episódios do passado, mas recuso-me a ficar preso nele.
O meu contacto com o Pe. Álvaro deu-se quando ambos ainda tínhamos muitas possibilidades pela frente. Ele deixou-nos e eu agora já não tenha assim tantas possibilidades, mas já me vão sobrando realidades. Todavia, procuro viver o meu tempo com alegria e teimo em não deixar que as recordações substituam as ilusões.
Sim, ainda tenho muitas ilusões e projectos.
E o projecto premente que me une a todos é o próximo Encontro de 16 de Maio.
Já estão em andamento alguns preparativos.
Como o António Colaço, em guidinhesa redacção, foi o primeiro a inscrever-se antes de as inscrições abrirem, vamos presenteá-lo com a possibilidade de tocar no órgão de Tubos da Igreja de S. Vicente.
Em breve haverá mais novidades.
Mário Pissarra
NR
Muito trabalhinho para recuperar o órgão de S.Vicente, meu caro Mário, no qual, aliás - não tantas vezes quantas desejei- já pude deslizar os meus cada vez mais artríticos dedos
Tive o privilégio de integrar a equipa de lobbyng que conseguiu, em Outubro de 1984, tal façanha junto do Ministério da Cultura, de Coimbra Martins, na sequência da comemoração nacional que pela primeira vez escolheu Abrantes para comemorar o Dia Mundial da Música.
Relembro, entre outros, o meu querido amigo Eduardo Campos.
Espero, então, homenageá-lo, bem como ao Pe Álvaro e a todos os que de, entre nós, já "partiram".
2
Não tens de te sentir agarrado ao passado mas creio que se tivesses "vencido as dúvidas" na cena que relatas do Centro do Lumiar, não tenhas dúvidas que o Álvaro era rapaz para te chamar a um envolvimento especial na sua fantástica obra social.
Bom trabalho, rapaz!
antónio colaço
( Acreditem, ou não, este post permaneceu aqui estes dias à espera de oportuna edição.)
O que eu queria dizer, então, à falta das palavras e sua melhor ocasião, era qualquer coisa do tipo, de que silêncio se fazem certos silêncios?!
Parece uma velha insistência minha, quase diria, como alguns amigos, envergonhamente, já o fizeram sentir pessoalmente, uma espécie de trauma em querer "obrigar" as pessoas a falar!
Mas quando alguém como o Pe Álvaro nos "deixou" (sim, ele está vivo, sinto o seu sorriso maroto perante o que estou a escrever, falámos disso muitas vezes...) alguém que foi tão transversal a diversas gerações do nosso colectivo, nem ao menos nesta ocasião este sentimento de perda MERECE uma palavrinha?
Aqui, sim, a animus é, creio, o lugar privilegiado para o fazer, à vista de todos, para essa PALAVRA poder ser lida e sentida por todos....
De facto, apetecia-me saber que o Pe Álvaro - tal como TODOS os educadores que tivemos sendo certo que nem todos nos MARCARAM com igual força - foi um dos poucos TRAÇOS DE UNIÃO entre nós, até pela sua continuada presença nos nossos ENCONTROS, ou fazendo-nos ir ao seu encontro e à sua obra, assim perpetuando, melhor, assim continuando a alumiar dentro de nós a chama da solidariedade, da bondade....
Apeteciam-me, sim, umas palavras com a memória do Álvaro dentro....
O que é que se há-de fazer com este silêncio se continuamos a privilegiar o ensurdecedor ruído das conversas uma vez por ano ( e que venha ABRANTES, SIM, QUASE EM 16 DE MAIO, daqui a 3 meses, portanto...) enquanto vemos partir, dia a dia, cada um de nós e com quem já não serão possíveis mais conversas, mais ENCONTROS....
O que é que valemos, cada um de nós, para todos e cada um em particular?
Este silêncio, é assim, a garantia do silêncio que nos espera?
Este silêncio, a consciência dele, poderá acordar-nos antes que o sono eterno nos adormeça?
Eu que tive o privilégio de falar com o Álvaro tantas vezes como que me senti penalizado por não ter falado com ele mais vezes e é só por isso que quis vir aqui dizer que este lugar pode ajudar-nos a preencher uma espécie de vazio que se sente, embora, para mim, tenha todos e cada um de vós bem presente.
Não são o passado da minha vida, não, queria é que estivessemos um bocadinho mais presentes no hoje dos dias.
Pressentir-mo-nos muito mais, é isso.
antónio colaço
Caro amigo Colaço
E já lá vão 30 dias, depois da passagem para a “casa do Pai” do nosso caro Padre Álvaro… O tempo realmente corre veloz!...
Como te comuniquei, no dia das Exéquias em Alcains, estava a voar para Roma onde fui participar numa semana de reflexão e de troca de experiências com seis centenas de padres idos de várias partes do mundo; portanto, nesse dia estive “presente à distância” …
Ontem, depois de visita ao local onde está sepultado o Padre Álvaro no “campo santo” de Alcains para “colocar a conversa em dia” (como costumamos dizer entre nós - os irmãos - quando vamos visitar o local onde estão sepultados os nossos pais) estive na Igreja Matriz de Alcains, às 18h30, onde concelebrei na chamada “missa do 30º Dia”.
A memória funcionou e fez reviver momentos vividos no Seminário de Alcains no final dos anos sessenta, ao redor dos estudos da matemática e física, do futebol, do escutismo… e tantas coisas mais que hoje se recordam de mestres entusiasmados e que, em tempos do Maio 68 e do pós Vaticano II, transmitiam entusiasmo e davam luz à esperança que brilhava por detrás de algumas nuvens carregadas que pairavam nos ares… e que talvez tenham feito o Padre Álvaro deixar Alcains para ir a caminho de Lisboa, onde estudou e se formou e trabalhou pastoralmente até à morte, e donde agora regressou, trazido por outros, pois como se costuma dizer “o bom filho à casa volta”.
A acrescentar ao que outros já escreveram, apenas este pormenor da sua edificante vivência no caminho da doença que viveu na recta final da sua vida. Sei que tomou conhecimento da vida da jovem italiana Chiara Luce Badano, beatificada em 25 de Setembro de 2010, falecida na flor da idade, de quem, entre muitas outras coisas, aprendeu e repetiu com frequência: «Se assim o queres, Jesus, também eu o quero» como (para quem quiser) se pode ler neste link [http://www.chiaralucebadano.it/index.php?lang=pt]
Que descanse em paz
Meu caro Zé Ventura, apenas agora foi possível editar a tua reportagem sobre o encontro de Linda-a-Pastora.
As minhas desculpas.
O nosso obrigado!
Pim!
Fogo à peça!!!!
Caro António, Foi com grande tristeza que este fim-de-semana tive a notícia da partida do Padre Álvaro.
Graças à sua ajuda consegui encontrá-lo no ano passado e fazer-lhe uma visita.
A última mensagem que trocámos foi no Natal e ainda há uma semana (ironia do destino) me lembrei dele e de que tinha de passar pela igreja para o visitar.
Arrependo-me de não o ter feito.
Foi uma pessoa que me marcou. Foi com ele que fiz a primeira comunhão, o crisma, acolitei para ele durante alguns anos....
Todo o meu percurso cristão foi feito na companhia dele. Jogava à bola connosco, convivia nos nossos encontros de jovens. Aconselháva-nos.
Mostrava-nos o exemplo. Foi um homem que sempre se preocupou em manter os mais jovens junto da igreja e a participar na comunidade.
E é essa a recordação com que dele fico. Foi um choque ver como ele estava fisicamente quando o reencontrei. Ecoam-me na cabeça as palavras dele quando falámos.
"Estou muito doente Nuno". Ainda riu quando lhe mostrei umas fotos do nosso crisma.... há 21 anos, e quando lhe apresentei a minha filha.
Mas, para lá dessas palavras e imagem, vou recordá-lo sempre como uma pessoa boa e com uma força infinita, capaz de mover o mundo.
Um abraço
António Nuno
..........................................
Bom amigo
aí te envio um texto que escrevia, com muito carinho e saudade, relativo ao nosso amigo p. Álvaro. Deixo à tua consideração a sua publicação. Desde já agradecido.
Um grande abraço
f. beirão
NR
Como explicamos num outro post, já procedemos à publicação do texto graças à iniciativa do Carlos Mingacho, de qualquer forma aqui fica o registo do envio por mão própria.
Ficamos à espera de mais colaboração, Florentino!
Um grande abraço!
antónio colaço
Após doença prolongada, o padre Álvaro Pereira de Jesus, natural de Alcains, (28.11.1939-10.01.2005), consumido pelo sofrimento, deixou este mundo, a caminho da eternidade.
Aqui, para nós, meu amigo e colega padre Álvaro, não penses que te vamos esquecer. Uma pessoa superior, de elevada dimensão, com as fortes marcas que deixaste em nós, não deixaremos apagar-te da nossa memória.
Os teus amigos, fica a saber, não vão esquecer as tuas jogadas, no campo do futebol, como terror dos guarda-redes, marcaram todos os que contigo se divertiram, em competições suadas e renhidas. Aqueles que te enfrentaram, na mesa do ping-pong, dificilmente irão esquecem as sovas brilhantes, com que foram mimoseados.
Os escuteiros de Alcains que acamparam contigo, recordando os fogos de conselho, onde, de viola na mão, animavas a rapaziada, continuarão a cantar as populares melodias que lhes ensinaste.
Como professor do seminário de Alcains, sempre a debitar Matemática, conseguiste marcar uma geração de alunos que mantiveste agarrados a ti, através da tua amizade, sempre fresca e calorosa, cimentada pelo movimento juvenil dos "Dominiques".
Os cristãos e homens de boa vontade que te acompanharam, algumas dezenas de anos, na paróquia da Ameixoeira em Lisboa, não vão deixar apagar a memória de quem, por eles - os mais pobres -, foram bafejados com uma obra social de excelência, a menina dos teus olhos.
Todos aqueles a quem, na estrada pediste boleia, como jovem irrequieto e irreverente que eras, para descobrires novos mundos, no país e no estrangeiro, certamente que usufruíram uns momentos de boa disposição que só tu sabias proporcionar.
No Técnico, em Lisboa, onde tiraste o curso de engenheiro civil, e, de cadernos repletos de números e desenhos, enchias a mesa da cantina velha, onde, tantas vezes nos juntámos com o teu grupo, a nossa terra enchia as nossas longas e saudosas conversas.
Na paróquia de S. João de Brito, onde passaste os teus últimos anos de Calvário neste vale de lágrimas, mas sempre de cara levantada e sorridente, imolaste os teus derradeiros dias, servindo até ao último momento, a igreja por que te apaixonaste na tua juventude, numa fidelidade perene.
Na Obra da Caritas Nacional, durante os anos que assumiste essas responsabilidades pastorais, senti-te entusiasticamente, a torcer por essa grande obra da Igreja, a favor dos que mais sofrem, a falta de pão e carinho.
Recordo ainda os encontros anuais dos que frequentaram os nossos seminários diocesanos, onde a tua constante presença, sempre animava a rapaziada.
Podia ainda, amigo padre Álvaro, recordar-te as inúmeras viagens, por esse mundo fora, da Rússia à China, da Terra Santa à Grécia, da Europa às Américas, que fizeste com as pessoas tuas amigas, que, não sairiam das suas casas, se as não as tivesses desafiado.
Quando pude, lá estive ao teu lado, com o grupos dos teus amigos. Agradecido. Já agora, bem hajas por teres presidido ao meu casamento. Não esquecerei a escolhida epístola de Paulo, sobre o que é o Amor.
Homem de paixões fortes, pela Igreja, pelos amigos, pela tua estimada família -sete irmãos -, pela tua terra, nunca deixaste que a vida te passasse ao lado. Como lutador, empenhaste-te nas grandes causas, em que acreditavas, incluindo uma devotada ajuda aos tóxico-dependentes que desejavas regenerar.
Padre Álvaro, uma vida tão cheia de humanismo e santidade, ficará inscrita na vida de todos aqueles que tiveram a ventura de partilhar contigo os dias com que teceste a tua longa e rica história.
Deste teu amigo, um "até sempre" A conversa, certamente, iremos continua-la. Agora, desenha nas nuvens, belas moradias, para delícia dos anjos.
Florentino Beirão
NR
Transcrito do FB graças ao Carlos Mingacho.Obrigado.
Caro António,
Saúde e força. Junto envio um pouquinho do que, de momento, posso oferecer.
Abraço
Mendeiros
SITIOS AMIGOS
http://sabordabeira.blogspot.com
http://animo.blogs.sapo.pt
http://aaavd-armindocachada.blogspot.com
http://aaacarmelitas.blogspot.com/
http://irmaosol.blogs.sapo.pt
http://arm-smbn.blogspot.com/