Meu caro António Colaço
Assunto. Lançamento do livro “Memórias de um Beirão da zona do Pinhal”
Autor – Joaquim Dias Nogueira
Estás sempre a queixar-te da falta de crónicas pois aqui vai uma para a ANIMUS.
Acabo de regressar do lançamento/apresentação do livro “Memórias de um Beirão da zona do Pinhal”, cujo autor é o nosso amigo Joaquim Dias Nogueira.
Desde já uma nota inicial para dizer que esta crónica não pretende ser o relato do referido lançamento (outros o farão com mais propriedade e mestria e juntando fotografias).
Sem compromissos com ninguém e não sendo porta voz seja de quem for, quero apenas deixar registado o enorme gosto que tive em acompanhar um conterrâneo e amigo lançar-se nesta aventura de publicar um livro narrando alguns aspetos das suas experiências e vivências pessoais e profissionais.
Lerei este livro com o prazer de quem, tendo a mesma origem matricial rústica, se revê em quem teve a coragem, o engenho e arte de por esta via deixar as suas memórias e ao mesmo tempo homenagear os heroicos cidadãos da nossa região, trabalhadores e lutadores incansáveis aqui e nas sete partidas do mundo.
Nestes dias de grande desorientação, com poucos valores e sem referências, o Joaquim Nogueira é alguém que nos pode ligar às raízes, que pode lembrar-nos e dizer aos mais novos como era o cheiro da resina nos dias quentes do verão, como era o aroma da terra seca depois de uma chuvada, como se partilhavam e passavam os serões à volta de uma lareira nas noite frias e longas do inverno.
E, ao mesmo tempo, dar o seu testemunho da rudeza da terra, das dificuldades, da necessidade de partir à procura de melhores condições de vida.
É tudo isto que estou certo se poderá encontrar no seu Livro.
Quero, pois, agradecer publicamente ao Joaquim Nogueira este gesto de homenagem às pessoas e à zona do pinhal dizendo que é um grande privilégio ser seu amigo e beneficiar também deste seu trabalho.
Um abraço
Silvério
FOTOGRAFIAS
Manuel Carreiro Pires Antunes
(Com excepção da foto do Joaquim Nogueira, de Arquivo (se calhar também é do Manel ou...ZVD?!)
Nova Iorque! A cidade que não dorme...
A insistência de amigos, aqui vão umas quantas fotos que captei em Nova Iorque. A qualidade é a de uma máquina IXUS, de bolso...
Depois de 26 anos, voltei. Desta vez, apreciei mais em pormenor, graças aos meus amigos que já nos esperavam no aeroporto de Newark. Fica ao lado, do outro lado do rio. A penúltima foto mostra o edifício onde nos alojámos, num 28.º andar. A última, o avião que nos transportou, durante 8 horas, sobre o Atlântico.
No final do quarto dia, rumámos a Washington... de carro.
Imagens? Fica para a próxima.
Nas fotos, destaque para uma árvore plantada no Ground Zero, local onde existiam as Torres Gémeas, derrubadas. No local das torres estão dois quadrados, para dentro dos quais jorram quantidades de água. Nos muros, em metal, estão gravados os nomes das cerca de quatro mil pessoas que morreram. Na área restante, relvada, estão plantadas árvores. Uma foi baptizada de "árvore da resistência" (uma pereira), pois foi a única sobrevivente; foi então deslocada para o Central Parque e agora, com os trabalhos terminados, voltou... É emocionante. Num dos vértices daquele amplo espaço, ergueram a Torre da Liberdade (Fredom Tower), com mais de 500 metros....
Abriu ao público oito dias depois de lá termos estado.
Manuel Pires Antunes
Os dois Zés, o Centeio, à esquerda e o Castiço, à direita.
Caro António Colaço,
Recebi agora um telefonema do José Castiço (telm 960 018 638) para conversar um pouco sobre a saúde da mãe que está hospitalizada há mês e meio no Hospital da CUF - Infante Santo, e que está bastante mal. Não queria nada de especial. Apenas desabafar e ter alguém com quem partilhar a dor nestes momentos que para ele estão a ser difíceis...
Depois do falecimento do Pe Joaquim Pereira, que não conheci, é mais uma notícia triste para um companheiro que tem convivido connosco nalguns encontros que vamos tendo por aí e que, de uma maneira ou de outra, cada um sente a seu modo. Ele participava e sentia-se bem. Dei-lhe ânimo e, dentro das minhas possibilidades, tentei reconfortá-lo. Seria bom que alguém do ano dele ou que o conheça mais de perto lhe dê uma palavra de conforto, um simples telefonema...que lhe fará bem e não custa nada.
Um abraço,
Mendeiros
Meu caro, acabo de receber notícias que alteram as horas que tínhamos anunciado sobre o funeral do P. Joaquim Pereira.
As férias para mim são tempo de boa leitura, distribuído por vários livros que vou lendo em momentos diferentes do dia. Desta vez, estou a acabar o terceiro. Os olhos regalaram-se com “O Tesouro escondido” (de procura interior e espiritual) de José Tolentino Mendonça, “A Chave de Salomão” de José Rodrigues dos Santos (romance) e “Urbano, o eterno sedutor” de Eduardo M. Raposo, uma recolha de documentos e estudos sobre Urbano Tavares Rodrigues, que também foi meu professor.
Hoje, falo de “A Chave de Salomão”, um volumoso romance de 622 páginas que me ocupou nos últimos 15 dias. Outros livros de J. Rodrigues dos Santos foram mais do meu agrado que este. Ele mistura uma história policial (um thriller que por vezes nos obriga a ler mais um capítulo para ver como a personagem consegue escapar…) com longas reflexões sobre um tema científico. Desta vez, são páginas e páginas de estudos de Física (que ele afirma terem fundamento científico) em que se constata que os elementos do átomo se comportam de modo diferente se sujeitos a observação. Dito de outro modo, a consciência (ligada à observação) parece que é essencial para que os fenómenos existam. E os físicos lidam com dificuldade com o estranho comportamento da energia e da matéria a nível quântico. A última teoria posso resumi-la nesta proposição: a nível micro e macroscópico, somos uma criação única em que «o universo cria a vida, a qual cria a consciência, a qual cria o universo» (pág. 602). Parece que funcionamos como um computador gigante… Nesta viagem, ainda me lembrei do grande cientista e teólogo Teillhard de Chardin, que também olhava para este mundo como um lugar especial e único, banhado pelo divino (Le milieu divin). Estou a sonhar?
Meus amigos, se não gostam de física, esperem encontrar muitas páginas maçudas, por vezes com proposições repetidas, mas sempre em crescendo à procura de uma conciliação inédita entre a física clássica e a física quântica.
Quanto à história narrada nestas páginas, temos um investigador português a quem se atribui a morte do chefe principal da C.I.A., pelo que todos os meios servem para o apanhar e liquidar, ele que tinha sido nomeado pelo mesmo senhor com sendo a chave para resolver os enigmas que ele deixava em suspenso. Tiros, perseguições, viagens, assassínios brutais de todas as testemunhas e uma extraordinária capacidade desta personagem para se livrar de tanto suspense, eis a trama deste romance…
Como tenho dito várias vezes, e reafirmei-o num desbafo audível no video do encontro da tarde, em Abrantes, quando alguém sugeriu o meu nome para os corpos gerentes da agora criada Associação, adiantei qualquer coisa como "o meu amor por estes encontros não se esgota em cargos", creio que foi mais ou menos isto.
Hoje, reafirmo tudo quanto tenho dito e escrito e que pode ser comprovado pelos longos anos que leva esta animus.
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Não serei eu quem se vai opor à existência da dita Associação. Mas interessam-me, ou interessaram-me, antes e desde sempre, as pessoas e o seu quererem (re)encontrar-se.
Este blog nasceu ( outra vez, pela milésima vez o reafirmo) da vontade em querer, primeiro, reencontrar OS DO MEU ANO, daí ter começado por se chamar "1963", e apenas em anos seguintes os que connosco haviam estado em Alcains, tendo-se chamado "animus60", e, só mais tarde, um blog na procura do encontro com TODOS, afinal, os que tinhamos vontade em nos reencontrar, daí mudarmos o nome para animus (não tendo sido podido, então, adaptar o nome o site em conformidade por questões de ordem tecnológica, digamos).
A animus não é, portanto, nem nunca foi e nem será, o "órgão oficial" da Associação!!!
Representa, ou representou, o sentir, o pulsar dos afectos de todos os que por aqui foram aparecendo.
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De facto, agora que podemos ver a distribuição dos pelouros, estão criadas todas as condições para "algo" com este ou outro nome possa aparecer.
A animus, o seu acervo documental, imagens e textos, estará sempre ao dispor de quem aparecer.
Basta para tal assegurar os respectivos links à nova publicação a aparecer.
E não duvido da capacidade editorial dos Antigos Alunos a avaliar pelo que se conhece no actual panorama da web.
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Em breve novas responsabilidades profissionais fazem com que a minha até aqui mendigada disponibilidade deixe de existir.
Acho que devia esta palavra, pelo menos aqueles que mais desinteressadamente se empenharam em manter vivo, plural, democrático e afectivo, este espaço, este, "lugar de encontro"!.
Obrigado.
antónio colaço
Caros Amigos,
Para os devidos efeitos, levo ao conhecimento dos antigos alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, o seguinte:
Assim, a Comissão Administrativa, com o mandato para o triénio 2015–2018, tem a seguinte composição:
Presidente: João Torres Heitor. Vice-Presidente: Joaquim Dias Nogueira
Vogais: António Dias Henrique, Eusébio Firmino Silva, Florentino Vicente Beirão, João Oliveira Lopes, Joaquim Mendeiros Pedro e Manuel Carreiro Pires Antunes
Presidente : João Torres Heitor:- Representação da Comissão; Coordenação das respetivas atividades; Marcação das reuniões gerais da Associação e da Comissão, e das iniciativas da Associação.
Vice-Presidente: Joaquim Dias Nogueira: Substituição do presidente nas suas faltas, ausências e impedimentos; Inscrição dos associados, cobrança das quotas e gestão do fundo de caixa da associação.
Vogais:
António Dias Henriques: Divulgação das atividades da Associação através da Animus, e-mails, facebook e meios de comunicação social, em geral; Colaboração direta nas iniciativas promovidas pela Comissão em Lisboa e arredores.
Eusébio Firmino Silva: Colaboração direta nas iniciativas promovidas pela Comissão na Diocese de Portalegre e Castelo Branco.
Florentino Vicente Beirão: Relações com a Diocese de Portalegre e Castelo Branco e colaboração direta nas iniciativas promovidas pela Comissão na Diocese de Portalegre e Castelo Branco.
João Oliveira Lopes: Relações com associações de idêntica natureza e respetivas uniões e federações e colaboração direta nas iniciativas promovidas pela Comissão na Diocese de Portalegre e Castelo Branco.
Joaquim Mendeiros Pedro: Secretariado, porta-voz da Comissão e colaboração nas iniciativas promovidas pela Comissão em Lisboa e arredores.
Manuel Carreiro Pires Antunes: Coordenação da liturgia e cântigos nas celebrações litúrgicas da Associação, transportes e colaboração nas iniciativas promovidas pela Comissão em Lisboa e arredores.
Abraços,
Joaquim Mendeiros
Coimbra, 6 de junho de 2015
Meu caro Álvaro
Há perto de seis meses que nos deixaste e gostava de te mandar uma carta ou um e-mail, mas não tenho o teu endereço. Queria saber como vão as obras do Centro Social da Ameixoeira e do Centro de recuperação dos toxicodependentes em Fátima- tudo, fruto do amor que sempre tiveste aos pobres e desvalidos. Queria também dizer-te da admiração dos escuteiros de Alcains que ainda hoje recordam, com saudade, os acampamentos na tapada da Travanca. Vi lágrimas no Manuel Peralta e em tantos outros antigos chefes desse movimento da juventude a que deste o melhor da tua ação e inteligência, sempre com aquele entusiasmo que galvanizava tudo e todos. E os famosos cursos Dominique onde os jovens descobriram , com alegria, a humana e eterna juventude de Deus, que , em Cristo, plenamente se manifestou. E evocar, sem melancolias bacocas, as animadas reuniões no clube da nossa terra! Até futuros empresários sentiam nas tuas palavras uma nova visão social e económica do país! Um deles confessou-me:- O Álvaro é um tipo com uma inteligência fora do comum. Vai longe na carreira eclesiástica!
O inconformismo e a atenção aos problemas sociais foram sempre o teu forte. A tua marca! Alcains, aldeia de grandes recursos, mas sem água canalizada e saneamento, era ainda, na década de sessenta, votada ao abandono pelos poderes públicos. E no Reconquista explodiam os teus artigos, irreverentes e ,por vezes, sarcásticos, contra a incúria e o desleixo das autoridades em relação ao interior. E o Francisco Ruivo, inteligente, como tu, escreveu uma crónica sobre os buracos nas ruas e nas estradas. Os solavancos dos carros eram tais, que se corria o risco de partir o cocuruto das cabeças, impiedosamente atiradas contra o tejadilho dos ditos! Essa do cocuruto do Xico deu brado! Como vês, assunto não falta, mas como sentir o calor da tua argumentação, se o interlocutor resolveu sair da circulação, desaparecer da nossa vista?
Homem das periferias, em nada formatado, nem pela educação canónica nem pela estreiteza do meio, um dia, já no seminário, como profs, confidenciaste-me: -Sabes, fui visitar fulana. Pobrezinha, doente e escaveirada, está uma caco do que foi! “ Fora uma mulher de uma beleza deslumbrante e agora, num catre, não havia ninguém que lhe chegasse uma malga de sopa. Mas o Padre Álvaro, indiferente ao escândalo, visitou-a e deu-lhe de comer! Inevitavelmente, lembrei-me de Cristo, de coração aberto para as prostitutas, marginais , doentes e toda a espécie de pecadores. São eles os que O recebem nas suas casas e tugúrios. Com a alegria de quem sente a salvação, ali tão perto!
O Álvaro era assim: personalidade verdadeiramente singular, em que os rasgos da inteligência se harmonizavam com a humildade do serviço aos outros. Á medida que nos anos avançava , sentíamo-lo mais perto de Deus e dos pobres. Das suas necessidades cuidava com o esmero de um engenheiro de almas.
Afinal, a carta não pode ser escrita, porque ele não está longe nem distante. Vive aqui e agora no presente intemporal da plenitude divina. O Céu não é um “lugar” situado no espaço; é um estado próprio de quem se configurou com Cristo Jesus.. “ (..) Recebei o Reino(..) porque tive fome e destes-me de comer…Mt,25,35.
João Lopes
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