Manuel Domingues (o 2º a contar da esquerda) e o editor (Foto Tó Manel)
DAS AUSÊNCIAS E DA VIA ASFALTADA DE UNS
Caríssimos
No rescaldo do nosso encontro e porque já me sinto recuperado e com algum tempo, atrevo-me a agitar umas águas, que só afectarão quem quiser, puder e eventualmente ler.
Modéstia à parte e julgamento também, sei que sou, como superiores e colegas me consideravam um "revolucionário". Sou-o de facto mas não no sentido que vulgarmente se costuma interpretar. Nestes meios que frequentei após saída do seminário fui considerado um conservador para não dizer, por vezes, um nome bem chocante, com o qual posso e poderei enquanto existir (sei para onde me dirijo). Não fosse assim teria sido inglória a minha forma de viver: mas não foi. Também deixei sementes e quero continuar a semear e em terrenos que muitos de vós pensarão, como eu também admitia, não surtirem efeito. Alguns tarde, outros de uma forma quase imediata, tal era a carência das pessoas. Teria sido mais fácil optar por caminhos preparados.
Não confere comigo uma via "asfaltada", confere mais desbravar terreno onde parece que a maioria tem medo de ingressar.
E aí é que aparecem as agradáveis surpresas: o que pensávamos colher só a 5%, passa a vitória se render10%. Rendimentos superiores não corresponder a mais progressão.
Sou incómodo para alguns mas sou o primeiro a pôr as mãos na massa e provar o fel que proponho: por isso estou gasto mas de convicções convictas.
Nada disto é especial, e desculpem -me os que pensavam que eu ia falando de forma suave e quem sabe outros de forma diplomática: assim também, regra geral não.
Onde vos quero levar?
Ao facto de faltarem no nosso encontro pessoas.
Porque não compareceram?
Todos saberão concluir. Permitam-me que transmita, ainda que com risco de engano o meu raciocínio.
1-Gostariam mas a agenda não permite: todos percebemos estes.
2-A agenda até se compunha mas a motivação não justificava (e não fossemos nós democratas para não respeitar isso!).
3-Motivos particulares que a ninguém diz respeito....
4-Pessoas singulares que não obstante sentissem saudade, ligação interior e de base mas que tinham vergonha por a sua posição social de momento não ser a mesma que um excelentíssimo ex. colega apregoou ou lhe constou que apregoou não estar a fim de se deixar levar por influências de companheirismos antigos para ceder favores, cunhas, enfim, que se servissem de sua excelência para descriminação favorável. Então este nobre ex. colega pensou: ainda vão pensar que eu quero queimar política ou profissionalmente alguém por isso é melhor não aparecer, poupo preocupações e eu próprio que vivi todos estes anos sem ele ou eles, pelo menos não passo pela fama de pedinte!
Como constatam não sou conformista, desatento, nem superficial.
Preocupam-me os valores de base. Não obstante, para minha indignação, ter assistido em tempos na Buraca a uma intervenção do género "sou chefe das finanças em...",mas não me apareçam para...compareci em Alcaíns com o meu objectivo e consegui-o no essencial mas, lamentavelmente, não comigo directamente verifiquei comportamento idêntico: senhor que reivindicava reconhecimento de mais uma divisa (oh exc.ência,não se tendo dignado vir fardado, como quer que o cidadão, adivinhe que lhe imputaram a responsabilidade de mais divisas?...)
Pergunto séria e profundamente qual o caminho que queremos seguir. Abrimos a porta aos ex. alunos ou aos ex. agora excelentíssimos?
Convive com as excelências comentaram os "outros" que disseram de Jesus "Ele come com os ..."
A beleza destes encontros, para mim e muitos outros, estou convicto, está no encontro do indivíduo tal como ele era naquele tempo(como pessoa), nunca com o que tem materialmente ou os galões à posteriori adquiridos.
Quem queremos connosco? e a essência da "associação"? em que somos diferentes? queremos mais um número?
É para elites asfaltadas ou para desbravar terrenos novos?
Não ficar velho é aceitar desafios de suor.
Há condições para acolher todos ou é para fazer de conta?
Aqui fica o registo de mais uma pedra ao charco sendo eu o primeiro a dar o corpo às balas, empenhado em melhorar, não em destruir o que já está bem e muito reconhecido pelos dinamizadores e organizadores de tudo isto.
Reflictamos nós ex. co-habitantes.
Manuel Domingues
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