Caro António!
É bom saber-te, de novo, em forma e a salvo do susto todos os teus, incluindo nós, mas sobretudo a tua esposa. Na verdade são elas as que mais sofrem com as nossas ausências, sobretudo as menos sintonizadas com estas nostalgias efervescentes de seus maridos ex-seminaristas. Assim, sobretudo para aquelas que, não tendo estado no Pergulho, não o receberam em mãos, e dado tratar-se de uma versão mais completa, também para as outras, aí te envio o poema que na ocasião produzi, para as homenagear e aliviar da tensão, pois como nesta jornada da Isna veio de novo à baila, elas merecem tudo. Tu julgarás da oportunidade de o publicar ou não.
Um abraço!
Gil
PS: Estou farto de mirar e remirar as fotos já publicadas das isníadas para ver se topo com a caçarola da tigelada e os restos do medronho que lá deixei entregues ao Tó Manel, mas que ele, como artista que é, se concentrou apenas na arte, não me sabendo dar notícias dos apetrechos.
NR:
1.A redacção confirma:o Gil, mesmo com o compromisso de um casamento para aquele dia, não deixou de visitar-nos e deixar um rasto de doçura, aconchegado numa fabulosa tigelada e um rasto outro, quiçá, mais ardente, de cristalina "agua-pura"!Relembrares o facto, agora, em nada atenua, só piora, perceber que me fui embora e da tua tigelada não provei. Fica o consolo do teu gesto e que a outros palatos ajudei, desfrutando, eles, assim, de mais um bocadinho dos doces do rei!(uma simpática rima, amigo!).
ULTIMA HORA -Gil, creio que a mão da mulher do Tobias tapa parcialmente a tua....tigelada!Acertámos?!(Foto Carlos Diogo)
Meu caro António Manuel, vai lá procurar nos teus instantâneos onde é que "guardaste" o Gil, a tigelada e a aguardente dele!!!!
2.Esperamos que gostes da imagem que ilustra o teu inspiradíssimo poema.Só agora demos por ela ao procurar, também, os rastos dos teus gastronómicos despojos!É um instantâneo do Zé Ventura Domingos daquele que, para nós, foi o momento alto da Isna, a descoberta e adequada celebração dos 34 anos de casados de Manuel Carmona e Ana!
antónio colaço
MATER AMOROSA
Não te recrimines, Circe de meus sonhos,
Não foste tu que me perdeste:
Foste a causa de pensamentos bisonhos,
Mas eram só teus os beijos que me deste,
Foste tu a armadilha do meu destino
Mas não culpa tua meu desatino.
Amei-te com a mente também,
Quis-te minha com a razão;
Fomos desabridos, mas não fomos além,
Impusemos alma na nossa emoção
Entreguei-me a ti de corpo purificado,
Vivemos do nada de modo sublimado
Eu não era ingénuo, só pouco experiente
E vivemos nosso amor como um limiar…
Sorvemos a vida, de modo impaciente,
Destilámos amor, sem nunca fartar,
Resolvemos tudo, de uma assentada,
Como potros no pasto, à desfilada.
Crescemos cúmplices, mas não alheios,
De um só corpo alimentámos a alma,
No prado dos teus olhos espalhei devaneios,
Na tábua do meu peito recolheste tua palma;
Saciei minha sede na fonte dos teus anseios,
Na leveza do meu jeito abafaste os teus receios.
E “ficámos”, como hoje soe dizer-se:
Rimos com os olhos, latejando o coração,
Contudo, foi na transparente razão
Que Amor veio sempre abastecer-se.
Ainda vivemos de amor,
Que tão fugaz é a paixão...
Mas não há servo nem senhor
Nesta nossa união!
Queremos hoje celebrar-te
Mater nostra amorosa
E ante todos reconhecer-te
Apis melifica, doce e prestimosa,
Fonte da vida que o amor instiga
Mulher amada, amante, e amiga!
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