A animus termina aqui o seu percurso.
Quis ser um lugar de encontro.
Nos últimos dias, porém, apenas, e tão só, lugar de desencontros.
A solidariedade que a moveu não encontrou eco.
Está tudo dito e documentado.
Como diz Michael Ackerman, citado por Geoff Dyer, "Para mim os lugares não existem, os lugares são a minha ideia deles".
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A minha ideia sempre foi, desde os tempos dos pré-históricos mails, e tudo o que se lhe seguiu ( blog ano1963, animus60, animus ) que os antigos alunos permaneciam fiéis aos valores de uma solidariedade inicial apreendida nos corredores (lugares) onde demos, timidamente, os primeiros passos a caminho de um futuro que também julgávamos de todos.
A realidade, que demorei aceitar, encarregou-se de me dizer o contrário.
Não perderei mais um segundo a "meter-me na vida dos outros", como me escreveu alguém, só porque ousei, em nome da minha ideia de solidariedade, pedir uma palavra de apoio para um de nós a quem a alegria de se sentir Avô, pela primeira vez, apenas demorou...três dias, já que a netinha acabou por falecer, caindo numa tristeza que tudo fiz para tornar mais habitada.
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Neste preciso momento, em respeito pelos que não acedem ao Facebook, acabei de tomar a iniciativa de criar um novo blog (título e mail provisórios e alteráveis pelos novos gestores) para onde encaminhei algumas colaborações entretanto chegadas.
Tomei a liberdade de deixar, conjuntamente, quer ao Mário Pissarra, quer ao Tó Manel dos Vales, este, dada a sua grande experiência na gestão/edição de blogs, as respectivas password de gestão.
Não tenho a mínima dúvida de que os antigos alunos que tanto empenho têm revelado em alimentar o Facebook tudo farão para alimentar, igualmente, esta versão blog.
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A animus permanecerá disponível para todos com todo o seu património mas imune a indevidas utilizações como se deve calcular.
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Suspendi toda a minha actividade editorial com excepção das pessoas/organizações a quem a minha colaboração interessa.
Para todos, um abraço.
antónio colaço
O NOVO SITE DOS ANTIGOS ALUNOS DEVE SER PROCURADO AQUI:
http://antigosalunosgap.blogs.sapo.pt
O NOVO MAIL* PARA ONDE DEVEM DIRIGIR TODA A CORRESPONDÊNCIA:
*Toda a correspondência dirigida ao mail animados30@gmail.pt será para aqui reencaminhada enquanto não tiver lugar a sua próxima desactivação.
Ao fim de uma semana de serena reflexão, concluo que devo prolongar o silêncio que se faz sentir neste lugar.
Devo esta palavra a todos aqueles que,de boa fé,aqui deixaram, mais do que palavras, a sua Palavra.
Quando concluir que a partilha do que sinto,acrescenta, mais do que diminui,eu volto.
Obrigado.
antónio colaço
Caro Colaço
É muito difícil, numa situação daquelas, saber o que é melhor para o atingido.
Imaginasse eu que que seria o melhor e ligaria, não uma mas várias vezes.
Admito até que seria pior se cada visitante do blog telefonasse.
Só comento isto porque entendo que não te deves sentir frustrado pelo empenho.
Abraço.
Grande
Manuel Domingues
NOTA PRÉVIA
Hoje, após uma nova conversa com o Antero Amaro, reafirmo que se contam pelos dedos das mãos aqueles que o contactaram através do telemóvel cujo número aqui publiquei.
De entre os que o contactaram na sequência da publicação nossa notícia, destaco o António Assunção que o visitou na sua morada, em Alcains, ainda nessa dolorosa noite em que se despediu da sua netinha bébé entretanto falecida.
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Na sequência da conversa de hoje com o Antero, soube, entretanto, que um outro de nós, antigo aluno, por acaso também de 1963, o Abílio Dias (966767065) tem estado a lutar contra um cancro na próstata.De imediato, o contactei - até porque o Abílio, desde há muito tempo, tinha por hábito ligar-me - e posso informar que, após dois anos de luta, as notícias são animadoras.
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Encontro-me em profunda reflexão sobre a minha relação com as novas tecnologias ao ponto de estar a concluir uma semana sem alimentar as minhas próprias páginas "ânimo" quer do blog quer do Facebook.
Fiz uma interrupção nessa reflexão porque me comoveu a situação do meu querido amigo Antero que não pode saborear como eu, no presente, a alegria da experiência do que é ser Avô.
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Quero aqui confessar o meu profundo sentimento de total falhanço ao fim destes anos todos que levo a tentar estabelecer pontes, primeiro com os antigos alunos do meu próprio ano (1963) e, num segundo momento, com os antigos alunos de outros anos com quem convivi em Alcains e, a terminar, com TODOS os antigos alunos de todos os anos.
Quando, passadas menos de duas semanas de nos termos encontrado em Alcains, não somos capazes de recorrer a um telemóvel ( essa privilegiada conquista civilizacional ) para dar um abraço solidário a um de entre nós ( não interessa de que ano é ) e que acaba de passar por uma experiência dolorosa de ver nascer e morrer a sua primeira neta..... algo vai mal no que à solidariedade entre nós diz respeito.
Perante este simples facto ( Mário Pissarra, querido amigo, por favor não voltes a falar dos "arrufos do Colaço"!!!) ficam sem qualquer sustentação as mais refinadas teses da necessidade de estruturar os nossos encontros, de nos associarmos, de avançarmos para a construção de um lar.....
Se não somos capazes de dar uma palavra, quanto mais um lar vazio delas!!!
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Falhei.
Sim, falhei.
Vou continuar a reflectir se vale a pena alimentar este faz de conta em que andamos.
Até porque tenho muito mais coisas para fazer e novas pessoas com quem trabalhar, que não páram de me surpreender, isto, para aqueles que, desde a primeira hora, me fazem agarrado ao passado.
PS
Esteve bonito o vosso almoço, Manel Pires Antunes - que bom estares de volta - e acho que um destes dias temos de publicar as imagens que enviaste.Mas, por agora, sentemo-nos à mesa para nos alimentarmos desta perturbante interrogação:
-Até quando continuarmos a fazer de conta uns com os outros ou, antes, tudo fazer para que cada um de nós CONTE COM TODOS?!
Na alegria como na tristeza.
antónio colaço
Na sequência do que aqui escrevi sobre a manifestação de solidariedade para com o nosso colega Antero Amaro, o Carlos Mingacho tomou, entretanto, a louvável iniciativa de enviar para o nosso mail um dos seus textos publicados no Facebook.
PS
O título deste post é da minha inteira responsabilidade.
antónio colaço
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Amigo Colaço,
Meus Caros amigos,
A propósito do texto do Colaço na “animus” e depois reproduzido no “Facebook”, este, suscitou-me as seguinte considerações, nomeadamente:
Não queiras ir por aí.... Os antigos alunos dos seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco (Gavião, Alcains e Portalegre) como grupo, não existem e aí reside a resposta ao teu "Solitários".
Enquanto não houver uma estrutura (chamem-lhe de associação, grupo ou outra coisa qualquer) que abarque o grupo no sentido lato e tenha as suas linhas programáticas de acção e de estrutura organizativa, nunca mais chegaremos a lado nenhum.
Digo isto, porque na nossa realidade: temos os anos em que cada um de nós andou no seminário, e aí mais ou menos nos conhecemos assim como alguns do ano anterior ou seguintes, fora disso ninguém mais se conhece e os encontros até hoje (pelo menos nos que eu participei) nada se fez, para que assim não fosse.
Quem sabe que quem esteve no encontro de Alcains, de onde é, e qual o ano e os seus nomes, como se chamam as esposas, etc., etc..
Temos que repensar toda a estrutura e o que pretendemos para o futuro, senão morremos na praia.
Todos nós abanamos a cabeça e dizemos que isso é para os iluminados, chutamos para o lado, mas quem são os outros, quem são esses seres pensantes?
São quem liderou no passado ou agora?
Por isso de todos os que por aqui passam “Facebook” e os que vão à "animus", mais conhecidos por “visitantes”, quantos são os que opinam... muito poucos.
Temos que fazer algo e com carácter de urgência, se quisermos que o grupo seja algo mais do que é ou foi até hoje (almoços, convívios e pouco mais).
Pode ser associação, grupo ou outra coisa qualquer, mas como é, actualmente, não é nada, apenas um grupo de excursionistas que se reúne ano após ano, para almoçar e confraternizar e nada mais.
Corremos o risco de ser os impulsionadores, mas também os coveiros do dito “Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco (Gavião, Alcains e Portalegre).
Carlos Mingacho
Ontem, terão passado por aqui mais de 150 antigos alunos.
A mesma notícia no Facebook, no "Grupo dos Antigos Alunos..." alcançou 16 visitas.
Em conversa com o Antero, há poucos minutos, contam-se pelos dedos de uma mão aqueles de entre nós que lhe ligaram para lhe deixar uma palavra de solidariedade na sua dor.
Há poucos minutos, também, falei com a mulher do Joaquim Serrano, antigo aluno de 1963, que já está neste momento no Alcoitão, e a quem transmiti que nos lembrámos dele no nosso encontro em Alcains.O Serrano, apesar dos problemas que o afectam consegue lembrar-se de nós, disse-me.
Uma visita está a ser equacionada.
Poderemos, algum dia, ser mais do que "antigos alunos" que se "encontram" uma vez por ano, que discutem se devem ou não ter uma Associação, se devem ou não estar ligados à Diocese, se, se,se,....
O drama disto tudo é que estamos a cavar a nossa própria solidão.
Hoje o Antero, amanhã cada um de nós.
A escolha não é difícil, SOLITÁRIOS ou, DE UMA VEZ POR TODAS, SOLIDÁRIOS?!
antónio colaço
ps
Tenho estado sem frequentar a Web há quase uma semana.
Abri esta excepção.
Interrogo-me para que é que tudo isto serve.
Temos mais meios mas comunicamos cada vez menos.
Antero, o primeiro à esquerda, no recente Encontro em Alcains.
Quem, de entre nós, os que estamos chegando à idade de ser Avós, não gosta de espalhar a notíca aos quatro cantos dos nossos amigos?!
Era o que nos preparávamos para fazer com o nosso querido Antero Amaro (965872431) que esta manhã nos contactou dando conta do nascimento da sua neta no passado sábado, em Alcains.
Só que, e percebemos pela emoção do Antero, a boa notícia trazia uma outra má notícia na ponta final. A sua neta faleceu, hoje, vítima de uma má formação do seu pequeno coraçãozito.
Não precisamos de mais palavras para descrever a tristeza que tomou conta da famíia do nosso amigo e companheiro (o Antero é dos alunos entrados em Gavião em 1963).
Daí que, para além de enviar daqui um abraço solidário, quer aos Pais do bébé, quer ao Antero e sua mulher, bem como a toda a família, só nos reste sugerir a todos que, por mensagem ou por contacto directo, manifestemos a nossa solidariedade em momento tão difícil da sua vida.
Um abraço,outra vez, Antero.
antónio colaço
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