Os meus anos já vão pesando e as forças diminuindo, ampliando as naturais limitações, pelo que arrumei já a máquina de cortar a relva do jardim, a roçadora e a moto-cultivadora com que amanhava o aido.
Como não quero viver os meus dias de papo para o ar, vou viajando na Net, escolhendo os locais onde vivi anos que me marcaram, desde o Vilar Barroco (Oleiros) até ao Pego(Abrantes), não esquecendo o espaço dos nossos Seminários.
Li com interesse o trabalho do Colaço, na entrevista à bruxa do Pego e delirei com o episódio do Pe José Oliveira (Sarzedas). Também eu me confrontei com ela quando a recusei para madrinha de batismo, por não ser idónea para essa missão de acordo com as normas canónicas. Não aceitou a Dona Arminda essa disciplina, na conversa havida na Casa Paroquial, chovendo, já na rua, raios e coriscos. Se houve mau- olhado não funcionou, porque não senti efeitos negativos.
Do Pego saltei para Marvão, candidato a património mundial da UNESCO pela sua fortaleza abaluartada, para me inteirar do programa do 3ºFestival Internacional de Música “ a magia da música clássica em cenário de sonho” de 22 a 31 de Julho.
E esta arte dos sons despertou em mim a recordação da Filarmónica local. Soubemos de sua existência em tempos recuados e após averiguações o instrumental jazia em armazém camarário. Manifestámos ao Vice-Reitor, Pe Brás Jorge, vontade por essa experiência musical conseguindo, junto da Câmara, a sua cedência temporária. Foi grande a agitação quando vimos tantos instrumentos numa sala do Seminário. Na corrida apanhei o saxofone alto que procurei restaurar dando brilho ao latão amarelo, substituindo a palheta da boquilha e as sapatilhas das chaves, ressequidas pelos anos de inatividade.
Começaram os ensaios, das partituras não guardo memória, mas recordo que todos perfilados saímos pelas ruas da Vila, com a filarmónica renascida, sob a batuta de nosso maestro, Joaquim Milheiro Valente e a população a vir à rua ou postar-se à janela a ouvir e a ver a banda passar.
E como dizia e preconizava o António Colaço cá estou eu “ a escavar na mina de tantos dos nossos afectos”!
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