Caro Colaço,
O RESPEITO NÃO SE DECRETA, CONQUISTA-SE E MERECE-SE
Havia prometido a mim próprio que não entraria nesta contenda por entender, por um lado, que dela apenas sairá derrotado o coletivo – todos nós – e, por outro, por não pretender alimentar protagonismos de colo, ou seja, construídos à custa do alheio. A situação é de tal forma irracional que a introdução de alguma racionalidade poderá parecer, aos olhos de alguns poucos, desejo de controlo. Esta quebra da promessa que havia feito à minha consciência ao Joaquim Mendeiros se deve, já que foi o seu texto e a coragem nele revelada, dando nome às coisas, que me desafiaram a quebrá-la. De nada adianta fingirmos que nada se passa e deixarmos o espaço livre à manipulação daqueles para quem o debate se resume aos seus próprios ditames. Por isso, ao Mendeiros um grande bem-haja. Por outro lado, interessa-me uma reflexão séria sobre a realidade das coisas, embora consciente de que a leitura que cada um fará da mesma nunca será coincidente, mas que é nesse confronto de leituras que crescemos, que amadurecemos e desenhamos novos futuros coletivos. Não me interessam as insinuações eivadas de falsa inocência, pejadas de intenções não reveladas. Incomoda-me a ofensa gratuita e o achincalhamento do outro, a falta de respeito pelo trabalho dos outros, concorde-se ou não e sempre passível de crítica, mas nunca de maledicência. Incomoda-me ainda mais que se conviva acrítica e comodamente com tudo isso sem que se interroguem e se escudem atrás de conceitos como liberdade, direito de expressão, direito ao contraditório, igualdade entre membros do grupo e por aí diante. O respeito não se decreta, conquista-se e merece-se! Saibam aqueles que teimam em cultivar tais posturas e que desse comportamento fazem gáudio que o meu silêncio será a única e a mais sábia das respostas. Também não me parece que o fingir que nada se passa, o aligeirar e não enfrentar as questões com o argumento de que «fulano e/ou sicrano são mesmo assim» ou, ainda, o ignorar os factos ou manipulá-los, seja a melhor estratégia na defesa do coletivo, ou seja, daquilo que nos une – mesmo se menos do que às vezes se pretende fazer crer - e estreita e fortalece os laços que um dia algures no tempo tecemos.
Mas vamos ao que realmente se me apresenta ser importante e que a este espaço me trouxe. Primeiro, embora entenda a preocupação, vou colocar a reflexão num plano diferente daquele em que o Joaquim Mendeiros a colocou. Porventura mais geral – diria a montante das questões colocadas pelo Mendeiros - mas essencial no que ao futuro concerne e, sobretudo, como lição da experiência até então vivida.
Por uma questão de forma e de facilidade de leitura, vou enumerar e explicitar vários pontos.
Uma associação, formal ou informal, necessita do mínimo de organização, sem nunca se fechar sobre si própria. É importante que os seus membros ao aderirem saibam quais são os seus deveres e também os seus direitos, que conheçam os rostos de quem os representa e as responsabilidades de cada um na estrutura.
O não ter existência formal, não significa que as pessoas não declarem formalmente a sua intenção de adesão e que daí não advenha o cumprimento de obrigações e deveres. A título de exemplo, faço parte de um Fórum que não tendo existência formal, os seus membros estão obrigados ao pagamento de uma quota anual e ao cumprimento de mais alguns deveres. Por outro lado, não tendo estatutos, tem uma «Carta de Princípios» e uma «Carta de Organização Interna», um logotipo próprio, além de uma Comissão Coordenadora eleita de dois em dois anos. Como no caso, existem vários grupos de trabalho, o Programa Anual é da responsabilidade de todos, cabendo a cada grupo assumir o seu próprio programa, o qual é integrado no coletivo. Este é apenas um exemplo, mas o importante é que os que estão nos órgãos criem condições para que todos, os que assim desejarem, possam participar. São questões sobre as quais vale a pena refletir, pois só assim é possível ter futuro.
Esta é uma questão importante porque dela depende muito a relação que a associação vai estabelecendo com os seus membros e também como os vai ou não desafiando a colaborar. Ter ideias muito claras do que deve ser a comunicação – que não se deve confundir apenas com a divulgação de notícias – e a quem se deve dirigir, parece-me importante. Talvez valha a pena fazer um pequeno inquérito – hoje com as novas tecnologias é muito mais fácil – perguntando o que os membros pretendem e até onde estão dispostos a colaborar. Depois se verá se é ou não possível corresponder às expetativas.
Estas notas têm como objetivo situar as coisas no seu devido lugar e, por outro lado, lançar à Associação novos desafios. Tive a preocupação de ser muito prático nas sugestões. Estou certo que se os responsáveis estiverem atentos e souberem criar espaços de participação, os interessados, mesmo se lentamente, não deixarão de responder.
Um Enorme abraço deste alguém - ora alegre, ora triste – que tenta ser feliz em seara de gente.
José Centeio
Caro António,
Envio-te o que hoje coloco na página do facebook, onde estive tentando fazer um debate sobre "sanções" disciplinares naquela página, e o "post" que lá coloquei há dias. Parece-me importante publicá-los na Animus, para conhecimento dos leitores deste blogue "ad perpetuam rei memoriam". Creio que será muito útil para a muita gente que não está no facebook.
Abraços,
Joaquim Mendeiros
Caros Amigos.
Só hoje posso continuar o debate sobre as questões do regime disciplinar do Grupo dos Antigos Alunos, do Facebook, que aqui coloquei, e também só poderei voltar depois do próximo dia 13, de modo que vou deixar algumas reflexões sobre o assunto, na esperança de poder haver algum avanço durante estes dias de calma e serena ponderação. Senão, fugirei daqui a “sete pés”.
Vejo o debate cada vez mais enviesado, mas nem tudo é mau. Já cá está o João Peres, de novo, pelo que vou alimentar a esperança de que ele nos possa dar resposta a algumas das minhas questões e manter o nível do debate “lá por cima”, como é minha convicção. Sem dramas.
Vamos então a isso, mas com duas ressalvas. Primeira: rejeito todo e qualquer juízo de intenção sobre as minhas intenções, absolutamente inqualificáveis. Segunda: farei sempre um debate sereno, com equilíbrio, ponderação e bom senso e só respondo por mim.
Como já aqui afirmei, o princípio começa pelos “PRINCÍPIOS” e “REGRAS”, tudo bem definido, e só depois se poderá falar de comportamentos, quer do membro eliminado, quer do membro que o eliminou, quer de comportamentos de outros quaisquer membros.
Nunca ao contrário.
Ou seja, para que se possa discutir o comportamento de um qualquer membro, no âmbito disciplinar, é absolutamente, imprescindível que, previamente, haja um regime sancionatório aprovado. Isto toda a gente percebe, porque aqui ninguém sofre de “capitis deminutio”.Coisa diferente é não querer perceber!
Parece-me, assim, evidente, e julgo, para muitos de nós, se não a quase totalidade, que temos de saber, primeiro que tudo, com que base “regulamentar disciplinar”, eventualmente escrita (ou não) e eventualmente aprovada (ou não) e com que competência (ou não), foi eliminado um membro por outro membro e com que linhas nos cosemos para o futuro.
Nada me fará colocar a sequência, ao contrário, ou seja, tentar justificar uma decisão, a meu ver, errada, ferida de incompetência e não prevista em lado nenhum, logo, incontornavelmente nula e sem efeito, apenas e só com base num comportamento subjetivamente considerado punível por quem sancionou, confundindo a estrada da Beira com a beira da estrada.
E daí, vem a QUESTÃO CENTRAL que me levou a este debate e de que não abdicarei, uma vez que esse esclarecimento condicionará a minha continuação como membro deste Grupo de Antigos Alunos e que é esta: existe ou não algum regime sancionatório aprovado e quem tem competência para punir? Onde está isso?
Desculpa, João, mas a solução parece-me muito simples. Basta que tu, que puniste, eliminando o António digas, aqui, branco no preto, onde é que isso está escrito e o assunto morrerá aí. Rumarei a outras paragens.
Caso contrário, ou seja, se não houver nada escrito e aprovado, tu deverás, então, a meu ver, assumir que eliminaste o António, sem competência para tal e sem regime sancionatório prévio, e assumir o teu erro, pela forma que entenderes.
Dizes que não podes estar num grupo onde alguém possa publicar o que não pode ser visto e comentado por todos. Mas, então, João? E podes estar num Grupo onde alguém (tu) pode eliminar outro membro, por causa disso? Sem base documental prévia? Não estarás a ver mal o problema?
Não havendo regime sancionatório, nem o António, nem tu, nem ninguém poderá ser eliminado. Apenas poderá haver uma eventual censura (reprovação) comportamental de quem se achar nesse direito, no plano moral. É dos “livros”, como diria o Sousa.
Como também já escrevi, será sempre a consciência de cada um a balizar a sua decisão de sair ou não, segundo a avaliação que fizer dos seus actos.
Pensa no assunto e se pensares bem, tenho a convicção, ou melhor, aqui, tenho a certeza de que depois irás assumir as tuas responsabilidades. Se não o fizeres, ficarás sempre em dívida para contigo próprio e para connosco.
QUANTO A TI, SOUSA: O que é que te move? Não achas que já é tempo de acabares com essa “estória” das inqualificáveis insinuações das obediências “hierárquicas”? Logo tu, Sousa!!! Isso inscreve-se no teu conceito de “livre expressão”? Lamentável! Eu não tenho “OBEDIÊNCIAS”, pá. É preciso ter muita “lata”! Como vês, João, isto por aqui, anda tudo ao contrário…
Finalmente um aviso à navegação: O que está, aqui, em debate, não são tricas. Isto é muito sério.
Saudações, sem azedume, que eu sou alentejano… e levo tempo a azedar.
Joaquim Mendeiros
.......................................................................
Caros Amigos.
Verifico, depois do meu último “post”, que o João Peres não assumiu as suas responsabilidades, e que está institucionalizado nesta página, o “ direito ao insulto” (que não é novo) e o ”direito à livre expressão para insultar” (que também é velho), como “direitos” maiores que, por isso, prevalecem sobre quaisquer outros.
Quem por aqui anda conhece bem os insultos, de há muito tempo, e sabe quem são os seus autores, os quais nunca se assumiram como prevaricadores, eliminando-se, por exemplo, a si próprios. Não! Continuam aqui, impávidos e serenos, como se fossem os donos disto! E confirmo o que disse no “post” anterior: aqui, anda tudo ao contrário!
Coisa diferente será bloquear alguém, no exercício de um direito, que julga legítimo, de não querer o comentário do bloqueado no próprio “post”! Isto, sim, isto é que é gravíssimo! Quem ditou as regras? - Ninguém, porque não existem. Quem as aplicou? - O João Peres, que não as tinha, mas as criou, no seu próprio interesse!
De facto, vim, agora, a saber, através de um comentário aqui feito, há dias, por um dos seus amigos que, afinal, foi o João Peres quem foi bloqueado pelo António Colaço e que, por isso, o eliminou, porque “inter pares”, isso não é admissível! Insultar, sim…pode-se, porque é no exercício de um “direito” subjetivo de “livre expressão” do insultador! Agora, bloquear…nunca!
Vejam bem: o João Peres foi juiz em causa própria! E sem ser incomodado pela sua própria consciência!
Tudo isto me parece anacrónico, mais do tempo de outros tempos.
Eu acho inconcebível que, em qualquer foro democrático, seja ele qual for, o João Peres ou outro qualquer membro desta página, possa eliminar um outro membro, sem regras PRÉVIAS que o prevejam, e, mais, se arrogue o “direito” de julgar em causa própria!
Como me parece inadmissível que ande por aqui, ainda, a tentar que alguém lhe dê razão, a posteriori! Não te iludas, João! Nunca ALGUÉM o fará!
Vou dar por encerrado este debate, pela minha parte, porque vai chegando a hora de sair daqui, para fora.
Peço desculpa a todos aqueles que se sentiram incomodados com esta tentativa de debate, mas eu nunca poderia ficar calado perante a eliminação do António Colaço de forma arbitrária e autocrática, ao arrepio de todos os valores que eu prezo.
Parafraseando outros: Agora, eliminaram o António …e eu não dizia nada. Amanhã, eliminavam o José…e eu não dizia nada. Depois, o Francisco…e eu não dizia nada. E quando me eliminassem a mim, ou te eliminassem, a ti…já não haveria ninguém para os confrontar com o seu próprio despotismo!
Estou de saída. O ar desta página está democraticamente irrespirável.
Saudações aos meus amigos,
Joaquim Mendeiros
SITIOS AMIGOS
http://sabordabeira.blogspot.com
http://animo.blogs.sapo.pt
http://aaavd-armindocachada.blogspot.com
http://aaacarmelitas.blogspot.com/
http://irmaosol.blogs.sapo.pt
http://arm-smbn.blogspot.com/