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O Colaço tem razãoHá muito que comecei a escrever para este ponto de encontro. Mas acabei por não finalizar o texto. Não sei bem já porquê. Mas talvez por não ser capaz de seleccionar o que poderia ser dito num texto curto. E a tarefa caiu da minha agenda de prioridades. O Colaço tem razão, toda a razão. Estou em falta. Apesar da insistência dele.
Não é que escrever me seja difícil. Difícil é saber “o que” quero ou devo escrever.
Mas, agora, tenho de responder ao convite.
E digo que não estou «a tempo inteiro» na comunicação social. Nem de longe.
O que está mais correcto dizer é que ocupo os meus tempos livres na comunicação social, embora os tempos livres sejam demasiado vorazes e invadam o campo do tempo de trabalho.
Aquela que é para mim a tarefa principal, o meu compromisso comigo e com os meus, é a de terminar a minha tese de doutoramento. Já há mais de meio ano que terminou o prazo regulamentar e estou, portanto, no prolongamento. Se não a terminar até 31 de Dezembro próximo, corro o risco de não a terminar a tempo. Esse é, portanto, o primeiro objectivo, o principal.
Só que os objectivos da comunicação social impõem-se de permeio com prazos mais curtos e com vozes que bradam alto. Que devo eu fazer?
Eu sei muito bem o que devo fazer. Não estou é a ser capaz de fazê-lo com determinação e eficácia devida.
É a vida.
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O doutoramentoHá quem me pergunte. Porquê dar-me a este trabalho.
A melhor resposta, peço-a emprestada ao Colaço.
Porque vivo.
Porque preciso de perceber porquê.
Porque preciso de
intervir na cidade dos homens e tenho de saber como.
Porque o mundo à minha volta me desafia a fazer alguma coisa face ao desconcerto do mundo e eu não devo ir às cegas, sob risco de desconcertar ainda mais.
Não é que tenha a resposta necessária. Não posso e não devo é desistir de procurá-la.
Além disso, há uma outra razão.
Há muitos anos à procura, tenho encontrado algumas respostas e criado algumas convicções. E tenho escrito e agido a partir delas. O projecto de doutoramento tem, assim, duas dimensões. Primeira, obrigar-se a pôr por escrito e a sistematizar essas ideias. Segunda, submetê-las a teste, seja do estudo e escrita, seja do acompanhamento da tese, seja (se lá chegar) ao exame por um júri qualificado.
Sei, é claro, que nada disto é decisão final e absoluta. Mas como nada o é, recolho pelo caminho as flores deste prado com as suas regras, personagens e oportunidades. E, é claro, contratempos.
E é assim a minha vida.
Porque vivo.
Alves JanaNRO
Jana tem razão. O Colaço é uma chaga que chega em forma de "convite". Quer dizer, como a casa é de todos, o "convite" é suposto estar assumido por todos. Até as chaves deviam estar na posse de todos, como se "convite", ou a noção dele, sequer existissem. Ninguém entra em casa e diz para a mulher, filhos ou sogros, "posso entrar? Tenho aqui o "convite"!!!
Mais uma notícia:- ficou hoje acertado com o nosso
Alves Jana, que teremos aqui, todas as semanas, em rigoroso exclusivo ( sim, exclusivo!), quer dizer, depois de sair no Primeira Linha, semanário de Abrantes, as suas crónicas ali publicadas. O princípio vale para todos os nossos amigos quer publiquem,ou não, textos noutros sítios.
Portanto, depois de Jana, ei, vocês aí,
os de 1963: Zé Pedro, Armindo, Ernesto, Duque, Assunção, Fernando, Simão, Lucas, Duarte, Joaquim Alberto, Alberto Reis, Roque, Romão, Chambel, Aníbal, Zé Maria,Abreu, Tobias, Horácio, Antero, Lourenço, Luciano, Virgílio, Carmona,Zé Ribeiro, Ramiro, Pissarriera, Melro, Manel Joaquim, Sousa, Poças, Zé Júlio,Zé Alberto, Adelino, Jorge, Serrano,João Luís,Abílio, Diamantino, Carrilho, Cardoso, Fonseca, Matos, Domingues.....
façam favor de entrar/publicar, também!
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AMANHÃ..........ESTREIA ABSOLUTA DE 1963 Perto do Princípio curta metragem/viagem pelos nossos anos 60 
As bilheteiras abrem dentro de momentos.Proibido o consumo de pipocas!
antónio colaço