Amigo Colaço,
Não há fome que não dê em fartura. Aí vai mais um texto, mas este do amigo Manuel Domingues. Um daqueles textos que o Manuel guarda na gaveta e que vai partilhando apenas com algumas pessoas. O Manuel, enviou-me este texto há já algum tempo, mas como andei ocupado com outros afazeres só agora voltei a ele. Eu achei bonito e gostei, até porque vem ao encontro de alguns dos meus pensamentos.
Por isso desafiei o Manuel a partilhá-lo com outros, mas o melhor que consegui foi a sua autorização para poder fazê-lo.
O seu a seu dono.
Obrigado Manuel, e espero que me desculpes.
José Centeio
Os milagres da animus ou o reencontro de dois amigos e seus chapéus!!!Zé Centeio, à esquerda, Manel Domingues,à direita!
INQUIETAÇÃO
Desse eu o título devido a este texto e talvez pusesse em devaneio a maioria dos meus leitores. Chamei-lhe assim, no entanto, por o achar adequado, pois o assunto “morte” é inquietação da maioria dos mortais, sobretudo se se tratar da própria morte.
A morte é séria, preocupante mas não o é mais que a vida e morre às mãos desta sua rival.
Estar no sítio certo e fazer o que está certo é lema para viver, para cumprir a missão, para rezar também.
De missões digo que as não há umas mais nobres que outras. Talvez sim, algumas mais difíceis e mais influentes: nenhuma fácil.
Não tenho conhecimento de que alguém, na primeira pessoa tenha manifestado ou dito ser feliz por via de seja o que for, material. Relatos comuns, isso sim, de momentos felizes, proporcionados por pessoas: gente que ama e que se ama.
Pois a morte só nos pode separar da matéria.
A morte não nos separa da nossa vida que fica por aí resultante do nosso trabalho, da nossa missão.
E as pessoas?
Os que amam? Pois esses encontram o consolo na serenidade, no desapego da matéria. Chamamos separação só ao que está ligado.
Tanto mais custa cortar as amarras quanto mais robustos forem os elos.
Estando amarrados a pessoas com amor, sendo que o amor é o outro, ele é a nossa eternidade.
Parece de deuses? É que o problema é a vida.
Tudo flui quando o pensamento é no outro.
O que veio para servir não parte, fica por aí nos “corações”.
Parte o que veio para usufruir.
Tendo eu um enorme apreço por exemplos de longevidade de vida, não deixo de ficar preocupado aquando manifestos exageros na procura da longevidade por si só, tanto mais, se, em detrimento de qualidade.
Acompanhado da humildade suficiente das minhas limitações, executada que seja a minha tarefa no local, posso serenamente ir “rezar” para outro sítio (que não há nada que empate mais quem trabalha do que a presença dos que nada fazem).
Manuel Domingues
NR
Título e sublinhados, nossos, Manel!
ac
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