E AO TERCEIRO DIA A ANIMUS RESSUSCITOU...OU de como há sempre uma MÃO AMIGA!!!!
Ontem foi, de facto, um dia cheio de fortes emoções de manhã ao cair da noite. Com o meu grande amigo de infância e sua companheira a desencaminhar-me, com a minha Maria para as bandas da Sertã!
Com ele descemos a um escarpado Zêzere como só conhecíamos do Douro, de Miranda do Douro, subimos, confiantes e extasiados, à montanha da Senhora da Confiança, no Pedrógão Pequeno, a Barragem do Cabril inteirinha ( e vaziazinha) a nossos pés, cabidelámos nas redondezas da Sertã e assistimos ao entardecer nessa pátria que dói sempre que dela me afasto mas que me recompõe sempre que nela entro.
Dizer Cardigos é pouco para o tanto com que nela me espanto, nas pessoas, nos lugarejos, nas corredouritas ou nas pepitas de uns mouros de antanho, uma indescritivel alegria sempre que aqui venho.
Para celebrar tudo isto e o mais que fica por dizer, entremos no ARADO,restaurante, às portas da Sertã, comamos um bem temperado arroz de cabidela, um estaladiço leitão, umas boguinhas do rio, pois então, mel em favo, pêssegos colhidas na horta que quase se senta à mesa connosco, despejemos um Castiço frisante, branco ou tinto tanto faz e deixemo que o mestre José Farinha Alves, mais conhecido por Zé Pelintra, como faz questão de sublinhar, pegue no acordeão, se sente à mesa connosco, beba, coma, sorria, pois então, e, quando menos se espera, lá vai um vira!!!
Obrigado, Zé Farinha por acrescentar alegria à nossa comidinha!!!
antónio colaço
NR
Dedico ao António Henriques esta verdadeira ressurreição. Foi dele que veio o impulso que nos levou a uma outra mão amiga e que, por alguns dias, tornou o nosso Agosto mais suportável e sem o continuado desgosto em que vivíamos!
Embora, na linha do S.Paulo, mas com muito menor coragem, estívessemos preparados para viver tanto na carência como na abundância.
Um obrigado, pois, "Mão Amiga"!