Por Lisboa também se passeia
Para te matar a sede de notícias, tu que andas pela nossa Beira, venho dizer-te que por Lisboa também se passeia descansadamente, também se bebe uma ginjinha com os filhos no Rossio e se almoça pelo João do Grão.
Sobe-se depois ao Chiado para admirar o tecto com belos frescos da Basílica dos Mártires ou rezar a S. Expedito, para estar com o Pessoa na Brasileira (lá em casa, na véspera, vira-se um filme sobre o “Livro do desassossego” do heterónimo Bernardo Soares) e depois damos um salto ao Teatro de S. Carlos, onde durante Agosto se pode ver uma “belíssima exposição” (diziam uns italianos à saída) sobre a história deste Teatro, figuras proeminentes que por lá passaram, o rico guarda-roupa e todo o interior deste monumento de cultura (até me foi permitido ir ao palco juntar-me às figuras da Madame Butterfly…), tudo isto com acompanhamento de um simpático guia.
NR - É UM GRANDE MOMENTO DA ANIMUS E QUE MERECIA UMA NOTÍCIA À PARTE TIPO:
ÚLTIMA HORA - ANTÓNIO RODRIGUES ENCANTA NO SÃO CARLOS!!!!
Ainda tive tempo de ir mostrar um pouco de Belém a estrangeiros, olhar para o nosso rico Mosteiro dos Jerónimos, onde fiquei com inveja de não ouvir o tal concerto do Esteireiro no novo órgão. E tanta gente por ali se divertia!
Claro, também fomos aos pastéis de Belém e desta vez não esperámos muito. O pior foi medir a glicémia no dia seguinte: 100 certinhos… à beira do precipício. Mas deixa lá, vou fazer umas caminhadas para recompor os dados. E mando, além das fotos, um abraço para os amigos. Há dias o Fernando Leitão falou-me dos maranhos, uma coisa boa de que eu nada disse aqui. Mas um dia destes direi o que o João Farinha Alves me fez. E boas férias para todos.
António Henriques
Se couber, junto estas palavras do Fernando Pessoa, em que o sonho e a realidade se misturam com graça:
«Bem sei que há ilhas ao Sul e grandes paixões cosmopolitas, e se eu tivesse o mundo na mão, trocava-o, estou certo, por um bilhete para Rua dos Douradores.
Talvez o meu destino seja eternamente ser guarda-livros, e a poesia ou a literatura uma borboleta que, pousando-me na cabeça, me torne tanto mais ridículo quanto maior for a sua própria beleza.»
COMENTÁRIO
Às vezes resulta fazer este papel de pobre editor sem matéria para editar. Uma salutar vitimização que, como se vê, resultou nesta fabulosa colaboração do António Henriques.
Como se vê a receita é simples.
Basta querer e depois...partilhar!
Por isso, meu querido António, em tua honra asílica dos Mártires.
Tem apenas um problema: o seu final, que estava lançado foi entrecortado por um malvado telefonema de trabalho.
Não sabia ainda o que era deixar o telemóvel na posição "offline!"
Muito obrigado!
antónio colaço
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