Samouco.Montijo.
Queridos Pais, cá chegamos, finalmente, ao Montijo.
Tal como desde os cinco anos, naquela manhã em que partimos do Gavião natal rumo às terras do "outro lado de lá do Tejo, a Beira", aqui chegamos para desbravar novos dias.É evidente que vos trazemos connosco mas não queremos que se preocupem com nada.
Trouxe o teu licor de tangerina, Mãezinha, e alguns jacarandás num grande vaso de terra, como a das hortas que tu, querido Pai, invariavelmente, arranjavas mal chegavas a qualquer novo poiso, Cardigos, Cardigos, Cardigos, Penhascoso,Ortiga,Beirã, Alvega, e, finalmente...Gavião.
Vai correr tudo bem.
Por acaso, também se vê daqui o Tejo, o tal cujo comboio apitava linha da Beira Baixa acima e, deliciado, ouvia na alentejana chaminé da casa de terra batida da minha querida Avó Remédios quando as Trindades ecoavam da gavionense Matriz.
Mas, mais do que o Tejo, vou navegar nos rios que correm nos olhos ternos que por mim passam.
Não faltarão as tintas e os pincéis, que, como remos, vou precisar.
Vereis.
antónio colaço
NR
As nossas desculpas pela irregularidade editorial dos últimos dias e que, de alguma forma vai manter-se nos próximos.
O próprio computador acabou de ser "desencaixotado"!!!
Em terras do Montijo, finalmente, aqui estamos para dar conta do nosso regozijo.
Obrigado
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